Maduro afirma que deputado morto foi traído
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quarta-feira (15) que o deputado governista Robert Serra, assassinado duas semanas atrás, foi traído pelo seu chefe de segurança, preso como um dos executores do crime.
O guarda-costas, identificado como Edwin Torres Camacho, confessou ter tramado a morte com apoio de sete outros homens que atuavam sob ordens de um paramilitar colombiano, segundo Maduro.
Dos oito suspeitos, dois estão presos, afirmou o presidente em entrevista coletiva.
"Camacho, que foi comprado três meses antes, declarou que fizeram ensaios e verificações no local do crime [...]", disse o presidente venezuelano à imprensa, do Palácio de Miraflores.
Serra foi assassinado em casa a golpes de picador de gelo. Uma mulher que o acompanhava também morreu.
Maduro divulgou uma gravação das câmeras de segurança na casa de Serra, que mostra homens entrando no local e saindo sete minutos depois. "Temos o vídeo de dois dos assassinos. O crime foi preparado por algo mais que dois meses", disse.
O presidente disse que o cérebro da operação é Leiva Padilla, conhecido como "El Colombia", foragido.
Maduro disse ter pedido ajuda a vários países, inclusive Brasil e Estados Unidos, para caçar os foragidos e voltou a dizer que os mandantes são ligados ao ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, direitista.
Muitos venezuelanos rejeitam a tese oficial e dizem que o assassinato foi um acerto de contas entre facções governistas ou um crime passional.