Milícia sofre ataques dos EUA na Síria e no Iraque
Confrontos na cidade síria de Kobani intensificam-se com ajuda americana
Estimativas indicam que Estado Islâmico perdeu 70 homens nos últimos dias; Austrália envia reforço ao Iraque
O Comando Central do Pentágono (Centcom) informou que militares dos EUA fizeram 23 ataques aéreos entre sábado e domingo contra posições do EI (Estado Islâmico) na Síria e no Iraque.
Onze deles ocorreram na cidade síria de Kobani, onde foram destruídas 20 posições das milícias, cinco veículos e dois edifícios. Outros dois ataques aéreos danificaram uma refinaria de petróleo a sudeste de Dayr Az Zawr, sob controle dos extremistas.
Kobani é o símbolo da resistência liderada pelos EUA contra a facção radical. Situada na província de Alepo, faz fronteira com a Turquia e, hoje, é a única rota de abastecimento e saída para os civis que rumam, em maioria, para Suruç, no sul da Turquia.
Desde meados de setembro, os ataques causaram 700 mortos. Entre as vítimas dos últimos confrontos na região estão Salih Tekinalp, ex-prefeito de Suruç, e seu filho. A cidade turca já acolheu 180 mil refugiados de Kobani.
Idris Nasen, um dos responsáveis pela resistência curda em Kobani disse que, neste sábado, "houve intensos bombardeios e três atentados suicidas a bomba na fronteira e no centro de Kobani". Mas, segundo ele, as milícias não avançaram.
Após mais de uma centena de ataques desde setembro, o EI enviou reforços ao local em "homens, munição e equipamentos" das províncias de Alepo e Raqqa, bastiões da milícia no norte da Síria.
É o que informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), organização que se opõe ao governo de Bashar al-Assad na Síria e monitora os conflitos no país.
Em suas estimativas, somente nos últimos dias, o EI perdeu 70 homens. As baixas ocorreram principalmente em Kobani, onde os curdos ainda controlam a porção norte da cidade.
IRAQUE
Para ajudar as tropas iraquianas, que têm dificuldade em debelar as milícias, os EUA promoveram dez ataques aéreos no país --três a oeste de Baiji, cinco em Faluja e dois em Mosul.
Enquanto isso, o Exército iraquiano tenta recuperar Tikrit, ao norte da capital Bagdá, e Ramadi (oeste).
A Austrália, que também faz parte da coalizão, enviará 200 soldados ao Iraque.