Israel promete tolerância zero contra ataques
Forças de segurança intensificaram sua presença em Jerusalém após atropelamento
A polícia israelense afirmou nesta quinta-feira (23) que aplicará "tolerância zero" perante qualquer tipo de violência em Jerusalém, um dia depois de um palestino ter matado um bebê de três meses e deixado oito feridos em um atropelamento em um ponto de ônibus.
Em um comunicado, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, advertiu contra qualquer tentativa de ataque na cidade.
"Jerusalém unificada foi e continuará a ser a capital de Israel para todo o sempre. Toda tentativa de atacar seus habitantes será severamente punida", afirmou.
As forças de segurança intensificaram sua presença nas ruas de Jerusalém depois de uma noite de incidentes, sobretudo ataques com pedras em Jerusalém Oriental, onde morava o homem responsável pelo atropelamento, chamado de "terrorista" e "membro do Hamas" pelas autoridades israelenses.
O jovem palestino que matou o bebê, que tinha cidadania americana, morreu nesta quinta, segundo o hospital.
Um policial baleou o jovem, identificado como Abed Abdelrahman Shaludeh, quando ele tentava fugir a pé após o incidente.
Quatro integrantes da família do jovem foram detidos quando tentaram visitá-lo no hospital, segundo um parente que pediu anonimato.
O atropelamento e a operação policial posterior exacerbaram a tensão no bairro de Shaludeh, Silwan, na ocupada e anexada Jerusalém Oriental, que recentemente foi palco de distúrbios em consequência da instalação de colonos israelenses em casas de palestinos.
Entre julho e agosto deste ano, o grupo palestino Hamas e Israel travaram um conflito que terminou com mais de 2.100 palestinos e 73 israelenses mortos.
O governo dos EUA condenou o atropelamento e pediu calma a todas as partes para evitar uma escalada da tensão.