Com infecção, Cristina Kirchner segue internada em hospital
Presidente da Argentina tem histórico de problemas de saúde
Cristina Kirchner está internada desde o domingo (2) por causa de uma infecção bacteriana em uma parte do intestino.
Os médicos do hospital Otamendi, localizado no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, emitiram uma notificação em que diziam que trata-se de um "quadro febril infeccioso" e que a presidente ficaria internada.
O nome da condição de Cristina é sigmoidite e, segundo os médicos, é causada por bactérias. Sigmoide é uma parte do intestino grosso. A notificação médica também afirma que a presidente da Argentina está estável e que é tratada com antibióticos por via intravenal.
Ela deve seguir internada nesta terça-feira (4) e, depois disso, seguirá para a residência presidencial na cidade de Olivos, ao norte de Buenos Aires, permanecendo lá em repouso --sem agenda oficial.
Em uma entrevista coletiva na manhã de segunda (3), o ministro Jorge Capitanich, chefe do gabinete da Presidência, afirmou que conversou com Cristina no próprio domingo, antes da internação. Ele não deu mais informações sobre o estado de saúde da presidente.
Por conta da internação, um encontro com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, foi cancelado.
Bachelet viria a Buenos Aires para, junto com Cristina, realizar uma videoconferência com o papa Francisco. A reunião foi postergada para uma data ainda não definida.
HISTÓRICO
Não é a primeira vez que a saúde de Cristina Kirchner a afasta das atividades presidenciais.
No fim de 2011, houve uma suspeita de que a presidente estivesse com câncer. A mídia argentina chegou a noticiar o fato como certo, mas depois o diagnóstico foi revisto, e a possibilidade da doença, afastada.
Na época, ela extirpou a tireoide por receio de que fosse um tumor maligno.
Em agosto do ano passado, ela sofreu uma queda que não foi totalmente esclarecida. Como consequência, ela sofreu um hematoma cerebral e, por isso, teve que ser operada, o que aconteceu em outubro de 2013.
E, em julho deste ano, Cristina teve uma faringolaringite que a afastou das comemorações da data da independência argentina.
Cristina, 61, ficou viúva em 2010, quando seu marido e mentor político, Néstor Kirchner, na época com 60 anos, sofreu um ataque cardíaco fulminante ao seu lado na casa de campo do casal, em El Calafate, na província de Santa Cruz, onde ambos começaram a carreira política.