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Paramilitares mesclam armas e trabalho social
Nascidos na década de 1960 como grupos de vizinhos, os "coletivos" venezuelanos ganharam força e foram armados em massa durante o governo do presidente Hugo Chávez.
Muitos de seus integrantes pertenceram à polícia ou tiveram treinamento militar. Embora em grande maioria sejam próximas ao governo, as milícias não respondem a um comando central ou policial.
No entanto, tiveram papel-chave na repressão aos protestos contra o presidente Nicolás Maduro, que deixaram 43 mortos no primeiro semestre deste ano.
Parte desta atividade foi incentivada pelo próprio Maduro. Em março, ele chegou a pedir a união dos grupos contra os opositores que se manifestavam.
Nos últimos anos, eles também atuaram chamando os eleitores para votar e foram acusados de intimidá-los em alguns casos.
Apesar de sua atividade mais conhecida ser a ação militar, muitas milícias se dedicam a atividades culturais e sociais em comunidades mais pobres onde a maioria se constituiu.
Em Caracas, a estimativa é que existam pelo menos 80 agrupações, concentradas no centro e em bairros pobres como 23 de Enero, Catia e Petare.
A maioria usa nomes ligados ao chavismo, como Simón Bolívar, Escudo de la Revolución e 5 de Março (dia em que Hugo Chávez morreu).