Obama se reúne hoje com líder chinês em Pequim
Os líderes das duas maiores economias do mundo se reúnem formalmente nesta quarta em Pequim pautados por uma série de contenciosos e crescente competição.
Por trás dos sorrisos das fotos oficiais, o líder da China, Xi Jinping, e o presidente dos EUA, Barack Obama, discutirão divergências que incluem comércio, ciberespionagem, direitos humanos e a tensão em torno de disputas territoriais no mar do Sul da China.
Obama veio a Pequim para o fórum da cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês) e ficou um dia a mais para o encontro formal desta quarta com Xi.
Na terça (11), durante caminhada em um jardim perto da Cidade Proibida, Obama disse ao líder chinês que quer levar a relação "para um novo nível": "Quando EUA e China são capazes de trabalhar juntos de forma efetiva, o mundo todo se beneficia".
No encerramento da cúpula, preparada pelos chineses como um grandioso evento para projetar a ascensão do país como superpotência econômica, Pequim obteve o apoio das demais 20 economias do bloco para seu plano de acelerar a criação da Área de Livre-Comércio Ásia-Pacífico (Alcap). Para Xi, o endosso foi um passo "histórico".
O comunicado final prevê a realização de um estudo para a implementação do acordo, que deverá durar dois anos. É menos do que o governo chinês queria, após enfrentar a resistência dos EUA.
A iniciativa de Pequim é considerada resposta chinesa à Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês), cujas negociações são lideradas pelos EUA com outros 11 países, sem incluir a China.
Na terça, membros da delegação dos EUA se preocuparam em ressaltar os pontos de discórdia que serão levantados na conversa, dando o tom de disputa do encontro.
Ben Rhodes, conselheiro-adjunto de Segurança Nacional dos EUA, citou temas como ciberespionagem e disputas marítimas entre as questões em pauta.
Ele elogiou o desejo da China de desempenhar um papel internacional "compatível com a sua capacidade econômica e política". Mas disse que os EUA vão advertir a China quando o país não respeitar "normas internacionais necessárias".
Em discurso, Obama afirmou esperar da China respeito à propriedade intelectual e aos direitos humanos.