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Depoimento
Na Argentina, vida da duquesa era acompanhada como uma novela
Quando menina em Buenos Aires, quando pedia alguma coisa muito cara para minha mãe, ela olhava para mim com um sorriso e perguntava: "Quem você acha que é? A duquesa de Alba?"
Hoje descobri que no Brasil são poucos aqueles que haviam ouvido o nome dela.
Para mim e meus compatriotas argentinos, Cayetana de Alba era um personagem conhecido e muito pitoresco. Os maiores jornais da Argentina destacaram a notícia da sua morte entre os principais acontecimentos do dia.
Lembro, há três anos, a polemica gigante por lá quando a duquesa casou-se pela terceira vez, com um funcionário público 26 anos mais novo, e a briga dos filhos pela herança da mãe. Parecia uma novela, e no meu país isso era noticia todos os dias.
Cayetana era uma aristocrata fora do padrão, e foi isso que a transformou num personagem que os argentinos adoravam. "Faço sempre o que eu quero", dizia.
Teremos saudades de suas aventuras, das fotos de biquíni nas praias de Ibiza e das imagens dela alegre, dançando flamenco.