Capital da Índia proíbe serviço de carona Uber
Veto surge após motorista da empresa ser acusado de estuprar passageira
Imprensa local diz que Uber não pesquisou histórico do condutor, que já sofrera acusação de estupro em 2011
O governo de Nova Déli, capital da Índia, proibiu nesta segunda-feira (8) o aplicativo de caronas alternativas Uber de operar na cidade, depois que um de seus motoristas foi detido, acusado de estuprar uma passageira.
"O Departamento de Transportes proibiu todas as atividades de serviços de transporte uber.com com efeito imediato", afirma um comunicado oficial.
O ataque teria acontecido na sexta-feira (5), e o motorista foi detido no domingo (7) no Estado de Uttar Pradesh, norte da Índia, para onde fugiu, informou a polícia.
O Uber é um aplicativo que conecta passageiros a motoristas dispostos a dar carona por um determinado preço. Na prática, funciona como um táxi, mas sem a regulamentação imposta a essa atividade.
Segundo a imprensa local, o Uber não examinou os antecedentes criminais do motorista, de 32 anos, que em 2011 foi acusado de estupro, apesar de ter sido inocentado um ano depois.
De acordo com a polícia, a empresa não instalou aparelhos de GPS em seus carros. "Toda a nossa equipe está ao lado da vítima deste crime desprezível", afirma o Uber em um comunicado.
POLÊMICAS
A notícia é apenas mais uma das polêmicas em que o Uber está envolvido.
Os principais protestos partem de taxistas, que já se manifestaram contra a "concorrência ilegal" do aplicativo em diversas cidades pelo mundo.
Na Alemanha, decisões judiciais baniram e readmitiram o serviço repetidas vezes ao longo dos últimos meses.
O Uber funciona em duas cidades brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo, mas sua operação é irregular no país.