Investigação só acha DNA de promotor no local da morte
Laudo dá mais força à hipótese de suicídio
No banheiro onde o promotor argentino Alberto Nisman foi achado morto não havia material genético de outra pessoa, informou nesta sexta-feira (30) Viviana Fein, promotora que investiga o caso.
"Na camiseta, no short, na pistola, no carregador, nos cartuchos e cápsulas verificou-se o mesmo perfil genético da amostra do morto", diz a investigadora, em nota.
A promotora pediu que as declarações "não sejam manipuladas nem usadas por nenhum segmento político". A nova versão, porém, dá maior força à hipótese de suicídio, levantada no início da investigação da morte.
Nisman foi encontrado morto com um tiro na cabeça no seu apartamento, em Buenos Aires, no dia 18. Quatro dias antes, denunciara a presidente Cristina Kirchner por encobrir os autores do ataque a um centro judaico que deixou 85 mortos em 1994.
A promotora que investiga o caso disse ainda que não há imagens do circuito interno do prédio do promotor porque as câmeras estavam quebradas no dia da morte.
Nesta sexta, o caso Nisman foi alvo de polêmica entre o governo argentino e o senador americano Marco Rubio. O parlamentar pediu ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que pressione a Casa Rosada por uma investigação independente do caso.
O chefe de gabinete de Cristina, Jorge Capitanich, chemou a ação de Rubio de imperialista: "Não aceitamos intromissão de nenhum país".
A militantes, Cristina Kirchner criticou as acusações de interferência e disse que pode falar o que quiser sobre o caso.
"Podem falar desde o presidente da Suprema Corte até o último dos juízes. Como eu não posso? Ninguém de outro Poder pode dizer à presidente que cale a boca."