Às vésperas de pleito, presidente nigeriano escapa de atentado
Goodluck Jonathan, que busca a reeleição, participava de comício no nordeste do país
A duas semanas das eleições presidenciais, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, que busca a reeleição, escapou de um atentado nesta segunda-feira (2) pouco após participar de um comício no nordeste do país.
A região tem sido alvo de ataques do grupo islâmico extremista Boko Haram.
Um carro-bomba explodiu em um estacionamento de um estádio na cidade de Gombe, num ataque que foi atribuído pelos socorristas a duas mulheres suicidas.
A explosão deixou 18 pessoas feridas, mas apenas suas autoras morreram.
"Retiramos dos escombros dois corpos de mulheres que acreditamos serem as suicidas", disse um socorrista.
No fim de semana, o grupo jihadista mostrou capacidade de lutar em várias frentes, num conflito que já se expandiu para o Chade e Camarões.
No domingo, fez dois ataques em Gombe --um deles deixou cinco mortos em um posto militar-- e lançou uma ofensiva contra Maiduguri.
Nesta segunda, após helicópteros do Chade bombardearem posições jihadistas na fronteira com Camarões, o governo nigeriano informou que recuperou o controle de Gamboru --150 quilômetros a leste de Maiduguri-- e de quatro outros locais.
Analistas de segurança acreditam Maiduguri será atacada novamente antes da eleição, por causa de sua importância simbólica e também como uma estratégia para minar as eleições.
O Boko Haram considera a eleição uma prática pagã, incompatível com um Estado islâmico.