No México, 60 corpos são descobertos em crematório
Em decomposição, restos mortais de adultos e crianças estavam cobertos com lençóis
As forças de segurança do México encontraram na noite da última quinta-feira (5) 60 corpos em estado avançado de decomposição em um crematório particular na cidade turística de Acapulco, no Estado de Guerrero.
O local foi descoberto numa operação conjunta do Exército, da Polícia Federal e da Guarda Nacional, após moradores denunciarem o cheiro forte que saía do crematório, que fica em um bairro nobre da cidade.
A maioria dos corpos era de homens, mas também havia mulheres e crianças. Eles estavam cobertos com lençóis e cal para amenizar o cheiro.
Segundo a polícia, os corpos encontrados teriam sido mortos recentemente, embora o local esteja fechado há mais de um ano.
Autoridades não descartam a hipótese de que os operadores do crematório possam ter recebido os corpos mas não executaram o serviço. O próximo passo é o trabalho de identificação, pelos legistas.
O Estado de Guerrero atraiu os holofotes depois que, em setembro passado, 43 alunos de uma escola rural da região desapareceram na cidade de Iguala.
Os ônibus em que os estudantes estavam foram abordados por policiais municipais e traficantes. Promotores acreditam que os jovens foram levados a um lixão da cidade vizinha de Cocula, onde teriam sido mortos e seus corpos, queimados. Autoridades encontraram e identificaram o corpo de apenas um deles.
Segundo a Promotoria, o mandante da ação foi o prefeito de Iguala, José Luis Abarca, e sua mulher, cujos irmãos estão vinculados ao cartel local.
Não há indícios de que os corpos encontrados nesta semana tenham ligação com o caso de Iguala.