Presidente reforça defesa com novo chefe de gabinete
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, nomeou nesta quinta-feira (26) o secretário-geral da Presidência, Aníbal Fernández, para substituir Jorge Capitanich como seu chefe de gabinete.
A saída de Capitanich já era prevista. Segundo o jornal "La Nación", ele esperava que a presidente o afastasse para poder retornar ao governo da província do Chaco e tentar recuperar a liderança em sua base eleitoral.
Para o lugar de Fernández, a mandatária indicou Eduardo de Pedro, dirigente do La Cámpora, principal grupo de apoio ao governo, liderado pelo seu filho, Máximo Kirchner.
A troca mostra que Cristina deve radicalizar sua defesa no governo nos últimos meses de mandato. As críticas da oposição à presidente se intensificaram depois da morte do promotor Alberto Nisman, que a denunciara.
Fernández foi o segundo chefe de gabinete de Cristina, substituindo o hoje opositor e presidenciável Sergio Massa. De julho de 2009 a dezembro de 2011, foi um dos principais defensores do governo.
Também foi um dos condutores da Lei de Mídia, do contrato entre a AFA (Associação do Futebol Argentino) e o governo para transmitir o campeonato local e da reestruturação da TV pública no país.
As três medidas reforçaram os meios de comunicação favoráveis ao governo para fazer contraponto ao Clarín, principal conglomerado de mídia do país e que começou a se opor a Cristina em 2008.
Já a chegada de De Pedro à Casa Rosada significa uma entrega maior de poder a La Cámpora. O grupo já assumira a direção das estatais Anses e Aerolíneas Argentinas e o Ministério da Economia, chefiado por Axel Kicillof.