Simuladores de tremor ensinam ações de proteção
Já não é mais preciso estar no lugar e na hora errada para experimentar um terremoto no Japão. Para ensinar a população a se proteger, há diversos simuladores de abalos sísmicos pelo país, incluindo uma frota de caminhões com o equipamento montado na carroceria.
Em Tóquio, a engenhoca fica no Centro de Aprendizado de Segurança da Vida Honjo, mantido pelo Corpo de Bombeiros na capital japonesa. O simulador se parece com um palco de teatro, com uma mesa como cenário.
Ali, a reportagem da Folha experimentou um tremor de magnitude 9 --intensidade equivalente à do tsunami que devastou o nordeste do Japão em 11 de março de 2011, deixando quase 16 mil mortos e desalojando mais de 228 mil pessoas.
Seguindo as orientações do guia, os participantes da simulação se jogam para baixo da mesa assim que o tremor começa.
Quem pode se agarra ao pé da mesa. A engenhoca sacoleja tanto que parece impossível ficar de pé. A sensação é de impotência.
Passado o pico, o próximo passo consiste em se levantar e proteger a cabeça com aquilo que estiver ao alcance --no caso, uma almofada--, verificar se a porta da casa para fora está desobstruída e desligar o gás.
Além do tremor, o local ainda oferece, entre outros "desastres", um tufão de 108 km/h em uma sala instalada com grandes ventiladores e chuva artificial.
Em Kobe, a prefeitura possui um caminhão com um palco semelhante, instalado na caçamba. No painel de controle, é possível escolher entre três terremotos: o de Tóquio (1923), o de Niigata (1964) e o que arrasou a cidade em 1995.