Itália anula sentença de homicídio e absolve americana Amanda Knox
Ela fora condenada por matar amiga com ajuda do ex-namorado
Em uma decisão surpreendente, a Justiça da Itália anulou nesta sexta-feira (27) a condenação da americana Amanda Knox, 27, e de seu ex-namorado Raffaele Sollecito, 31, indiciados pelo estupro e assassinato de uma estudante britânica em 2007.
Os dois eram acusados do crime contra Meredith Kercher, que foi encontrada morta em 1º de novembro de 2007 no quarto do alojamento que dividia com Knox. As duas eram colegas na Universidade de Perugia, na Itália.
Os juízes da principal corte da Itália decidiram pela suspensão de um veredito emitido em 2014 por um tribunal de Florença e não ordenaram novo julgamento por considerar que as evidências não permitiam a condenação do casal. Dessa forma, o caso foi encerrado após oito anos de tramitação. Os argumentos serão publicados em até 90 dias.
Eles haviam sido condenados a mais de 30 anos de prisão em outras instâncias da Justiça italiana. Tendo cumprido quatro anos da pena, foram liberados em 2011 após um recurso. Amanda Knox declarou nesta sexta-feira estar "tremendamente aliviada e agradecida" após o anúncio da suspensão de sua pena pela Justiça italiana.
David Mariott, representante de Knox em Seattle (EUA), afirmou que "a verdade venceu, pois ela [Knox] é inocente".
O CASO
A vítima, a britânica Meredith Kercher, foi baleada e teve a sua garganta cortada. Seu corpo tinha 43 marcas de esfaqueamento, além de sinais de violência sexual.
A promotoria alegava que Kercher havia sido vítima de um jogo sexual acompanhado de drogas.
Knox e Sollecito sempre negaram ter cometido o crime. Eles diziam que não lembravam do que aconteceu dentro do apartamento por terem fumado maconha.