Empresário acusado de fraude mata três em tribunal de Milão
Juiz e advogado que não quis defender o réu estão entre os mortos
Um empresário italiano do setor imobiliário, acusado de falência fraudulenta, matou três pessoas e feriu outras duas nesta quinta-feira (9) no Tribunal de Justiça de Milão, no norte da Itália.
Segundo testemunhas, Claudio Giardiello, 57, sacou uma arma em uma sala do tribunal e disparou contra seu ex-advogado, Lorenzo Alberto Appiani, 37, e contra uma testemunha de acusação.
Depois atirou em duas pessoas que estavam em assentos reservados ao público em uma sala do terceiro andar.
Em seguida, o atirador desceu ao segundo andar e disparou contra o juiz Fernando Ciampi. Atingido por dois tiros, o juiz morreu em seu gabinete enquanto tentava proteger uma assistente.
O ex-advogado do empresário, que renunciara a representá-lo no julgamento, morreu com um tiro no coração.
A identidade da testemunha não havia sido revelada até a conclusão desta edição.
Ao todo, o assassino disparou 13 vezes no edifício.
FUGA
Após os ataques, o agressor fugiu em uma moto e foi pego pela polícia em Vimercato, a 25 km de Milão.
"Queria me vingar de todos os que me arruinaram", confessou o empresário logo após ter sido detido.
"O que aconteceu em Milão é grave e incompreensível. Será feita uma investigação profunda para entender quais foram as falhas no sistema de segurança do tribunal de Milão", declarou o premiê italiano, Matteo Renzi.
Segundo o procurador de Milão, Edmondo Bruto Liberati, o assassino entrou por uma entrada lateral reservada a magistrados e advogados utilizando uma carteira de advogado falsificada.
O tiroteio provocou polêmica sobre a segurança na cidade, que a partir do dia 1º de maio será sede da Expo 2015.
Milão deve receber mais de 20 milhões de visitantes durante os quase sete meses que irá durar a exposição.