Milícia ataca consulado americano no Iraque
Ao menos três pessoas morreram no atentado da facção EI na região curda
Em Ramadi, 4.250 famílias tiveram de deixar as casas devido à ofensiva contra os jihadistas, diz ONU
Pelo menos três pessoas morreram e quatro ficaram feridas nesta sexta-feira (17) em um ataque suicida com um carro-bomba em frente ao consulado dos EUA em Irbil, capital da região autônoma do Curdistão iraquiano.
A milícia Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado.
Um perfil no Twitter vinculado à facção publicou que milicianos de Kirkuk foram os responsáveis pelo ataque, segundo o Site, grupo de monitoramento de extremistas.
O Curdistão é um aliado importante da coalizão liderada pelos EUA para combater o EI no Iraque e na Síria.
O Departamento de Estado dos EUA informou que nenhum funcionário do consulado foi morto ou ferido.
Segundo Jalal Habib, vereador do bairro de Ainkaua, onde fica o consulado, forças de segurança abriram fogo contra o suicida e conseguiram impedir que ele batesse o carro contra o complexo.
Dois dos feridos são membros das forças de segurança. Um dos mortos seria turco.
O Curdistão iraquiano permanece relativamente a salvo da violência que afeta o país. O último ataque na região ocorreu em novembro, quando um atentado do EI à sede do governo em Irbil matou quatro pessoas.
RAMADI
A ONU afirmou nesta sexta que, desde o dia 8 passado, 4.250 famílias fugiram de Ramadi, capital da província de Al-Anbar, onde o governo lançou uma ofensiva para retomar a cidade do EI.
Grande parte da cidade está nas mãos do EI, que também controla Fallujah, no caminho para Bagdá.
Segundo a ONU, 9.000 pessoas fugiram do bairro de Albu Faraj para Bagdá ou para se refugiar em escolas e mesquitas no centro de Ramadi.
De acordo com o Ministério do Interior iraquiano, 1.800 famílias deslocadas da província de Al-Anbar se estabeleceram em Bagdá.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) estima que 2,7 milhões de iraquianos já foram obrigados a se deslocar devido aos confrontos no país. Grande parte dos deslocados são da província de Al-Anbar.
Especialistas estimam ser irrealista a tentativa de forças do governo, em processo de reestruturação, de retomar Al-Anbar, onde os jihadistas estão bem estabelecidos.