ONU diz que burocracia atrasa ajuda após tremor
Mortes em desastre no Nepal já superam 7.000
No dia em que o número de mortos no Nepal em decorrência do terremoto de 25 de abril superou 7.000 e o de feridos, 14 mil, a ONU e organizações humanitárias se queixaram da burocracia que tem atrasado a entrada de remédios e mantimentos no país.
Segundo a Organização das Nações Unidas, o governo não flexibilizou as regras da alfândega após a tragédia, e as mercadorias enviadas para o socorro das vítimas estão se acumulando no aeroporto e em armazéns de Katmandu à espera de autorização.
"Precisamos que os produtos cheguem às áreas afetadas", disse Jamie McGoldrick, coordenador local da ONU.
O gabinete nepalês, por sua vez, queixa-se do envio de produtos como "atum e maionese" em vez de tendas e grãos. O governo estima que o número de vítimas deve aumentar nos próximos dias, quando as equipes de resgate chegarem a regiões mais remotas do país.
O Consórcio de Redução de Riscos no Nepal, do qual participa a ONU, calcula ser preciso R$ 1,2 bilhão para lidar com a crise humanitária.
A organização estima que o terremoto tenha destruído cerca de 160 mil casas e causado o deslocamento de 2,8 milhões dos 31 milhões de habitantes do país.
Os trabalhos de resgate continuam. No sábado (2), um homem centenário foi retirado vivo dos escombros de sua casa, e seu estado de saúde foi considerado bom. O resgate anterior --de uma moça de 24 anos-- fora dia 30.