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Membro do Estado Islâmico promete poupar ruínas milenares de Palmira
A facção radical Estado Islâmico (EI) publicou imagens na internet em que supostamente aparecem intocadas as ruínas da antiga cidade de Palmira, na Síria, dominada pela milícia na semana passada. O EI prometeu não destruir a maior parte da cidade, o que aumenta as esperanças de que o patrimônio histórico da região seja preservado.
Segundo o jornal britânico "The Guardian", a rádio de insurgentes Alwan FM divulgou entrevista em que um suposto comandante militar do EI afirma que o grupo não danificará as ruínas de Palmira, destruindo só estátuas que representem o politeísmo.
Milicianos do EI já haviam destruído relíquias no Iraque, como as peças abrigadas num museu de Mossul, em fevereiro, e o sítio arqueológico assírio de Nimrud, em março.
A tomada de Palmira, cidade considerada patrimônio mundial pela Unesco (órgão da ONU para a ciência e a cultura), intensificou os temores de que os radicais causassem danos permanentes às ruínas de 4.000 anos da região.
EXECUÇÕES
Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, milicianos do EI mataram na quarta (27), dentro de um antigo anfiteatro em Palmira, cerca de 20 homens acusados de apoiar o regime sírio.
"Chamaram gente para assistir às execuções", disse Rami Abdulrahman, da ONG, citando fontes de Palmira.
Segundo a ONG, os radicais do EI já mataram pelo menos 200 pessoas e capturaram mais de 600 na região desde a semana passada.