Dilma escolhe novo nome para a OEA após sofrer revés
Indicação de José Luiz Machado e Costa, embaixador no Haiti, é bem vista no Senado
Após ter sua primeira opção rejeitada pelo Senado, a presidente Dilma Rousseff indicou o embaixador do Brasil no Haiti, José Luiz Machado e Costa, 63, para representar o Brasil na Organização dos Estados Americanos, sediada em Washington (EUA).
No dia 19, o Senado barrou a nomeação do embaixador Guilherme Patriota, irmão do ex-chanceler Antonio Patriota, em uma demonstração de insatisfação à presidente.
Diplomata de carreira, Guilherme Patriota é próximo ao assessor da Presidência para relações exteriores, Marco Aurélio Garcia, o que o levou a ser classificado como "bolivariano" pela oposição.
Desta vez, porém, há maior chance de a indicação passar.
A escolha de Machado e Costa --diplomata de perfil discreto, bom trânsito entre militares e políticos e experiência prévia na missão na OEA-- foi bem recebida pelo Itamaraty e pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
"Tenho boas referências", afirmou o senador, dizendo que, ao contrário de Patriota, Machado e Costa não tem "perfil ligado à linha bolivariana" e que sua aprovação dependerá da sabatina na comissão, ainda não marcada.
O Brasil está sem embaixador na OEA desde 2011, quando Dilma retirou Ruy Casaes em resposta a um parecer desfavorável da organização sobre a usina de Belo Monte.
No Haiti, Machado e Costa será sucedido pelo embaixador Fernando de Mello Vidal.