Em cúpula, Mianmar se exime de crise migratória
Minoria rohingya foge de perseguição no país
Em uma conferência regional convocada para debater a crescente crise migratória no Sudeste Asiático, Mianmar adotou uma postura defensiva e criticou aqueles que culpam o país pela crise.
Mianmar é origem de milhares de migrantes da minoria muçulmana rohingya que fogem da perseguição que sofrem no país. Considerados imigrantes clandestinos, eles não têm acesso à cidadania.
Alertando para essa situação, o representante da ONU, Volker Turk, havia dito que a solução para a crise passaria pelo "reconhecimento da responsabilidade de Mianmar em relação a sua população".
Htin Linn, representante de Mianmar, reagiu afirmando que Turk deveria ser "mais bem informado".
"Acusações não nos levarão a lugar algum", disse.
A reunião na Tailândia terminou nesta sexta-feira (29) sem decisão significativa. Participaram do encontro representantes de 17 países e de organizações internacionais como a ONU.
No mesmo dia, Mianmar anunciou o resgate de 727 migrantes que estavam em alto-mar desde março. Estima-se que outras 2.000 pessoas ainda estejam à deriva na região.