Ataques das Farc causam apagões e contaminação
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, condenou nesta sexta (12) os ataques contra instalações elétricas do país e os derramamentos de petróleo feitos pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Em entrevista na Itália, Santos disse que os ataques são sinais de que a guerrilha quer ficar no passado e não se comprometer com as negociações de paz com o governo.
"Se a guerrilha realmente quer a paz, precisa tentar fazer com que as pessoas acreditem que eles estão no caminho da paz."
Na versão do governo, a guerrilha cometeu 22 atentados desde que suspendeu seu cessar-fogo unilateral, em 22 de maio.
As mais graves delas foram as explosões nas torres de energia, provocando apagões em três departamentos. Em Caquetá, região mais afetada, 457 mil pessoas ficaram sem luz.
No departamento de Tumaco, também afetado pela falta de luz, guerrilheiros provocaram o derramamento de 476 mil litros de petróleo em um rio ao estourarem um oleoduto.
Outro despejo de petróleo provocado pelas Farc atingiu florestas de Putumayo, contaminando açudes, brejos, rios e o solo.
Nesta sexta, um tenente-coronel e um agentes da polícia foram mortos a tiros por combatentes das Farc em uma estrada do departamento de Nariño, na fronteira com o Equador.