Foco
Zimbábue procura dentista americano que matou leão mais famoso do país
Um dentista americano está sendo procurado pela polícia no Zimbábue por matar o leão mais conhecido do país e que era estudado por pesquisadores britânicos.
James Palmer, 55, teria pagado US$ 50 mil para caçar o leão Cecil, que tinha 13 anos e era a principal atração do parque nacional Hwange.
Dois zimbabuanos foram detidos e responderão na Justiça por supostamente ajudar o americano a atrair o leão para fora de uma área de proteção. Palmer, segundo a polícia, deve responder pelo crime de caça ilegal. Se condenados, eles podem pegar até 15 anos de prisão.
Após ter sido identificado, o dentista do Estado de Minnesota assumiu a ação, em nota, e disse se arrepender. No entanto, negou saber que a caça fosse ilegal. "Eu não tinha ideia de que o leão que eu peguei era conhecido, um favorito no país, era rastreado e fazia parte de um estudo até o fim da caçada", disse.
Segundo Palmer, ele "confiou na experiência" de seus guias locais. "Para mim, tudo envolvendo essa viagem era legal e estava sendo conduzido da forma apropriada."
O paradeiro do americano é desconhecido –não se sabe, inclusive, se ele já deixou o Zimbábue. O leão teria sido morto no início do mês. Cecil, que era facilmente reconhecido por sua juba negra, estava sob estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Segundo o presidente da Força-tarefa de Conservação do Zimbábue, Johnny Rodrigues, os três homens teriam amarrado um animal morto em um carro para atrair o leão para fora da área de proteção.
Cecil teria sido primeiro atingido por uma flecha. Cerca de 40 horas depois, o leão foi encontrado ferido, e o dentista usou então uma arma para matá-lo. Os caçadores teriam tentado retirar seu colar de rastreamento.
O animal foi então decapitado e sua pele, retirada. A pele e a cabeça do leão foram encontradas e serão usadas como evidências do crime.
Segundo documentos do Estado do Wisconsin, Palmer admitiu em 2008 ter mentido ao órgão federal americano que cuida da preservação de animais selvagens sobre a morte de um urso negro fora da área autorizada para caça.