Violentada por padrasto, paraguaia dá à luz aos 11
Caso gerou comoção por governo vetar aborto
Uma menina paraguaia de 11 anos, cuja gravidez resultou de um estupro cometido por seu padrasto, deu à luz nesta quinta-feira (13), informou à AFP a médica que acompanhou a gravidez.
O caso causou comoção em abril, quando as autoridades rejeitaram a possibilidade de a menina fazer um aborto. No Paraguai, a lei só permite o procedimento se houver risco comprovado à gestante.
Especialistas da ONU afirmaram à época que o governo paraguaio não agiu para "assegurar o interesse superior da menina antes de descartar tratamentos para salvar a vida dela, inclusive o aborto".
A menina, que ficou grávida quando tinha 10 anos e que completou 11 em maio, teve uma bebê de 3,5 quilos chamada Milagros em um hospital de Assunção, onde se recupera "de forma normal", afirmou a médica Dolores Castellanos.
A mãe, de 1,39 metro de altura, pesava 34 kg no início da gestação e teve 37 semanas de gravidez. Ela ficará 72 horas em observação, afirmou Castellanos, chefe da Área de Infância e Adolescência do hospital da Cruz Vermelha de Assunção.
O padrasto, Gilberto Zárate, 42, foi preso em maio e processado pelo crime de estupro, que prevê de 12 a 15 anos de prisão.