Nas redes sociais, opositores usam agressão e sátira
Principal meio de convocação de protestos, as redes sociais trazem uma série de sátiras, notícias falsas e agressões contra os presidentes que são alvo das manifestações.
A tática usada no Equador é similar à dos grupos que pedem o impeachment de Dilma Rousseff. Na maior página contra Rafael Correa, não faltam referências a Venezuela e Cuba.
Os contrários ao equatoriano chamam os governistas de "sanduicheiros", em referência ao lanche entregue a ativistas supostamente pagos pelo governo.
O apelido é similar ao "pão com mortadela", que alude aos sanduíches entregues em manifestações governistas no Brasil.
Na Indignados Honduras, internautas criticam uma notícia falsa sobre a suposta infiltração da CIA (agência de inteligência dos EUA) no movimento.
No México, a maior página contra Enrique Peña Nieto prefere os memes (imagens satíricas). O principal alvo é a casa da primeira-dama, Angélica Rivera, comprada em condições suspeitas.
Procurados pela Folha, os administradores das páginas não quiseram dar entrevistas por medo de represálias dos governos.