Painel do leitor
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Manifestações
Intervenção militar? Impeachment? Mas que absurdo! Até quando a Folha vai se manter nesse silêncio complacente diante da escalada dos insanos da extrema-direita ("Seis dias após 2º turno, protesto em São Paulo pede saída de Dilma", "Poder", 2/11)? Não vai condená-los? Não vai cobrar uma posição dos líderes tucanos? Será que vai, uma vez mais, ser condescendente com as ambiguidades do senhor Fernando Henrique Cardoso?
RODRIGO OTAVIO SEIXAS FERREIRA, professor (Águas Claras, DF)
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Sábado (1º), enquanto a América do Norte amanheceu no clima do Halloween, ao Sul um povo antes associado ao Carnaval e futebol se reuniu para espantar outro tipo de fantasmas e assombrações. Nas ruas, cartazes tentavam exorcizar a corrupção, o estelionato eleitoral, o comunismo, e o modelo de Estado bolivariano. Existe uma nova atitude nas ruas. Pessoas cansadas de ofensas dos que deveriam respeitar aqueles que eles representam.
ROMEU CARVALHO DE CASTRO, jornalista e empresário (Campinas, SP)
Auditoria das eleições
A legislação eleitoral brasileira estabelece pleito em dois turnos para os cargos majoritários. Mas os derrotados na eleição presidencial de 2014 (oposição, elite, extrema direita, mídia e outros) se articulam em busca de meios para virar o jogo democrático via terceiro turno. Os brasileiros que viveram o período de 1964 têm o dever de alertar a sociedade para o lugar aonde querem nos levar, e que a triste experiência da ditadura militar não se repita nunca mais.
CELSO GUALTIERI (Belo Horizonte, MG)
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Lamentável que magistrados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se valham da desqualificação, como faz o PT, para atacar quem ouse questionar os processos de sua responsabilidade. Invadem-se sistemas do Pentágono e da Casa Branca, nos EUA, e não é admissível que o mesmo aconteça no TSE brasileiro? A necessidade de se investigar quaisquer denúncias, que coloquem sob suspeita a segurança do processo como um todo, atua mais a favor do que contra a democracia. Demonstre o TSE, de forma pública, a segurança do sistema do voto eletrônico.
ANA LÚCIA AMARAL, procuradora regional da República aposentada (São Paulo, SP)
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O PSDB tem dúvidas sobre a lisura das eleições; falta confiança do empresariado na condução da economia do país; a população não acredita na honestidade dos políticos e nas instituições públicas --nem na lisura da loteria esportiva. Nesse cenário de descrença generalizada, a grande salvação da sociedade brasileira é a liberdade de imprensa e os meios de comunicação.
EDGARD GOBBI (Campinas, SP)
Rodrigo Janot
Durante a campanha presidencial, Dilma chamou o antigo procurador-geral da República Geraldo Brindeiro de "engavetador geral da República". O atual procurador, Rodrigo Janot, já arquivou mais de 82 inquéritos ("Janot resiste a informar Congresso sobre delação", "Poder", 2/11) e insiste em manter sigilo nos casos de corrupção da Petrobras. Qual será o apelido que a presidente vai dar ao ilustre doutor?
LUIGI PETTI (São Paulo, SP)
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Passadas as eleições, deu as caras o "engavetador" de Dilma. Ao Congresso cabe recorrer ao Supremo Tribunal Federal para que se definam os limites do procurador-geral da República.
AMADEU R. GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)
Brasil dividido
O Brasil está dividido, sim, mas não entre PT e PSDB, Norte e Sul, Nordeste e Sudeste, "eles e nós", ricos e pobres. A divisão é entre os que servem ao país e os que se servem dele.
ROGÉRIA MAIO (São José dos Campos, SP)
Política econômica
Não entendo os economistas brasileiros. Aqui, quando há risco de inflação, aumentam os juros para conter o consumo, quando todos sabem que a primeira causa da inflação é o aumento das tarifas publicas. Nos EUA, na Europa, no Japão etc., nos primeiros sintomas inflacionários, os juros vão a quase zero, reduzem-se os gastos públicos e se estimula o consumo, onde a concorrência faz baixarem os preços.
MARILTON CARVALHO (Salvador, BA)
Crise da água
É hipocrisia achar que só o governo tem responsabilidade pela seca dos reservatórios. Sim, ele deveria proteger os mananciais e matas ciliares, promover reflorestamento de áreas degradadas, o reúso das águas e diminuir perdas por vazamento. Por sua vez, a população deveria fazer uso responsável e inteligente dos recursos naturais. Estamos, sim, numa grande crise hídrica, e a grande questão é: o que governo e população estão fazendo para mitigar problemas futuros?
SERGIO TAKEO MIYABARA (São Carlos, SP)
Bala de borracha
Parabenizo a Folha pelo debate sobre o uso das balas de borracha, mas lamento que isso tenha que ser discutido: a PM paulista, uma das polícias mais violentas do mundo, evidentemente não está preparada para atuar em manifestações. Isso não é sabido desde 2013, é sabido desde sempre! Ela cega uns com suas balas de borracha no centro de SP e mata tantos outros com suas balas de verdade na periferia. A Folha deveria ir além: discutir seriamente a extinção ou uma profunda reforma na PM, que gera muito mais insegurança do que segurança do jeito que vem historicamente atuando.
ANDRE KEHDI (São Paulo, SP)
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