Painel do Leitor
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Novo governo
Durante a eleição, Dilma disse que não ia conter a inflação "achacando" o povo. Demonizou o PSDB dizendo que o aumento dos juros é para banqueiro lucrar e que foi o único governo que diminuiu a conta de luz. Em duas semanas os juros aumentaram, a conta de luz aumentou, a gasolina aumentou e o número de extremamente pobres é o maior desde 2005. Você acha que foi enganado? Não foi por falta de aviso.
WERLY DA GAMA DOS SANTOS (Rio de Janeiro, RJ)
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Lula e Dilma se vangloriam por sua chamada "inclusão social", como se distribuir à população comida e dinheiro fosse a solução para o nosso futuro. Esse desgoverno, que caminha em direção ao populismo autoritário, está agora em crise de existência. Perpetuar-se no poder a qualquer custo foi o primeiro passo. O Brasil precisa realmente se unir, para ajudarmos a outra metade a enxergar!
MARCELO YANEZ VARGAS (São Paulo, SP)
Manifestações
Discordo da afirmação do sr. Reinner Carlos de Oliveira (Painel do Leitor, 7/11), manifestando-se a favor da intervenção militar, dizendo se tratar de uma manifestação democrática. Ora, passar por cima do voto universal para definir os Poderes da República é um ato antidemocrático. Ele defende a democracia para ser contrário a ela. Não podemos ficar vendo o panorama da ponte, pensando nos isolar dele.
OLIVER SIMIONI (São Paulo, SP)
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Concordo com Reinner quanto à benfeitoria militar no Brasil, mas discordo quanto às manifestações. O livre pensamento é permitido, mas clamar por intervenção militar fere o uso constitucional das Forças Armadas, que só podem intervir quando requisitadas por um dos três Poderes, sob o comando do chefe de Estado. A solução constitucional para derrubar o presidente é o impeachment, dado pelos representantes do povo. Vamos pensar corretamente. O que começa mal não acaba bem.
PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA, capitão de mar e guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)
Irã
Não surpreende o artigo "Levar cachorro para passear pode se tornar crime no Irã" ("Mundo", 7/11). Se as iranianas são tratadas como quinta categoria, o que vale um cão? Os legisladores iranianos deveriam se preocupar em criminalizar suas barbas antes de condenar os animais de estimação.
CLAUDIO TERRIBILLI (Guarulhos, SP)
Clima
Interessante o artigo de Eduardo Giannetti ("Mudança Climática", "Opinião", 7/11). Somos movidos pelos ônus e pelos bônus, pela punição e pela recompensa. Precificar o carbono é uma forma de punição, de ônus, que recairá sobre todos, provavelmente de forma desigual. Fica a sugestão de se estudar os bônus, as recompensas, que também recairiam sobre todos, inclusive os mais vulneráveis.
GUSTAVO A. J. AMARANTE (São Paulo, SP)
Bicicletas
Muito criativa a ideia das bicicletas para geração de energia ("Carioca vai gerar energia em bicicletas de academias de rua", "Mercado", 5/11). As empresas e os governos vão procurando novas alternativas para velhos problemas. Na mesma linha, Campinas tratará o esgoto para obtenção de água de reúso. Espero que, no projeto, esteja previsto também o aproveitamento dos resíduos sólidos para fins energéticos. Oxalá outros municípios sigam esses exemplos virtuosos.
JANE FÁTIMA P. F. B. DE CASTRO (Araçatuba, SP)
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Em "Peripécias administrativas de Haddad" (Tendências/Debates, 7/11), o vereador Floriano Pesaro (PSDB-SP) critica a gestão Haddad e sua política de mobilidade, as ciclovias. Nós ciclistas ainda esperamos do governo estadual, representado pelo seu partido há duas décadas, ações que atendam às necessidades dos ciclistas.
VAGNER GUSMÃO (São Paulo, SP)
Enem
Oportuna a análise de Reynaldo Fernandes ("Falta debate sobre conteúdo do Enem, afirma ex-organizador", "Cotidiano", 6/11), que sugere um debate sobre o conteúdo das provas do Enem. Seria fundamental que o Ministério da Educação pensasse em discutir uma seleção de obras para leitura ao longo dos três anos do ensino médio. A compreensão desse repertório seria avaliada no exame.
GRAÇA SETTE (Belo Horizonte, MG)
Economia
Acredito que o analista da Folha ("Ata do BC sem aperto' leva dólar a recorde em 9 anos", "Mercado", 7/11) tenha sido muito cauteloso ao atribuir a alta do dólar "às incertezas sobre a nova equipe econômica". Adotando-se tal raciocínio, vê-se que o dólar disparou tanto na Austrália (cerca de 10%) quanto na Rússia (cerca de 35%), comprovando que as incertezas geradas pelo Copom e o BC têm repercussões em nível global.
NORBERT GRUBERGER (São Paulo, SP)