Painel do leitor
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Desmatamento
Estamos acabando com a Amazônia. Só em agosto e setembro foram mais 1.626 km². E nada é feito pelos governos para deter o assassinato de uma das últimas reservas florestais do planeta. Por quê? Porque o que importa para o PT é se perpetuar no poder a qualquer custo, inclusive "escondendo" a divulgação e fazendo de conta que fiscaliza!
JOSÉ AMTONIO BATELLI (Osasco, SP)
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Quando os ecologistas alertavam sobre a necessidade de medidas para proteger o ambiente para evitar a carência de água, eles eram tachados de "catastrofistas". Agora, com a seca que vivenciamos, urge que revisemos todos os conceitos abúlicos que tínhamos sobre o tema e tratemos de tomar medidas que evitem o agravamento dessa carência.
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)
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Não me surpreende que o governo adie a divulgação de resultados negativos para depois das eleições, como tem acontecido recentemente. É uma prática habitual no mundo inteiro, não apenas no Brasil. Quem não se lembra que em 1994 o então ministro da Fazenda Rubens Ricupero disse: "O que é bom, a gente fatura; o que é ruim, esconde". É claro que hoje ninguém assume isso publicamente para não ser demitido, como foi o ex-ministro.
ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)
Petrobras
Ouço no rádio notícia que o Tribunal de Contas da União, analisando contratos da construção da refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, encontrou alguma irregularidade e está em vias de embargar a continuação da obra. Ora, a Petrobras não pertence à União: é uma sociedade de economia mista, de capital aberto. Ela independe do Orçamento e de verbas do Tesouro. Isso é uma ingerência descabida, pois os controles seriam os mesmos aplicados às empresas particulares, como os da Comissão de Valores Mobiliários e da Bolsa de Valores.
ROLDÃO SIMAS FILHO (Brasília, DF)
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Buscando assegurar a integridade do patrimônio público, seria oportuno uma lei tornando mandatório o assento do presidente ou de um ministro do Tribunal de Contas da União nos conselhos de administração das estatais.
ALDO PORTOLLANO (São Paulo, SP)
Carteirada
Constatei, após ler sobre a pena sofrida pela agente do Detran que recebeu voz de prisão no cumprimento do dever, que no Brasil o corporativismo age em todas as esferas do poder. Num país onde a lei está acima dos interesses pessoais, esse magistrado já estaria afastado de suas funções face à sua prepotência.
ADEMIR FERNANDES DE CASTRO (João Pessoa, PB)
Colunistas
Lamento muito a saída de Fernando Rodrigues e Eliane Cantanhêde. Espero que o jornal, que exige transparência do governo, nos informe os motivos de tal perda em qualidade jornalística.
Com certeza não foi por motivo de opinião política, pois a Folha se diz apartidária, tem colunistas de todos os matizes ideológicos e não dispensaria duas sumidades conhecidas pela neutralidade e faro investigativo.
O jornalismo precisa de excelentes colunistas para concorrer com outras fontes de informação, como a televisão e a internet. Eles são os que aprofundam as análises e trazem o que de fato ocorre por trás das notícias oficiais.
RADOICO CÂMARA GUIMARÃES (São Paulo, SP)
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Assinante de longa data, expresso meus mais profundos pêsames pela perda da melhor jornalista da empresa, Eliane Cantanhêde. Uma profissional que se caracteriza pelo equilíbrio, sensatez, bom senso e imparcialidade em todas as suas análises. Ela leva com ela muito da credibilidade e da honradez deste diário, pois, ao que indica, esses valores que a caracterizam parecem estar incomodando.
SERGIO ROBERTO JUNQUEIRA FRANCO (Bebedouro, SP)
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Gostaria de consignar meu protesto veemente pela demissão de dois dos melhores colunistas da Folha: Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues, por contenção de gastos, enquanto mantém outros que se dedicam apenas a fazer propaganda política partidária. Não é dispensando seus melhores quadros que a Folha vai melhorar suas contas.
ELISEU ROSENDO NUÑEZ VICIANA (São Paulo, SP)
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Eliane Cantanhêde é uma imensa perda para a Folha. Lamento imensamente, e vocês perdem muitos leitores. Não sou a primeira. Lamentável.
FLÁVIA NETTO DE ABREU CAMARGO (São Paulo, SP)
NOTA DA REDAÇÃO - Sobre o encerramento da colaboração na Folha dos colunistas Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues, leia reportagem à pág. A10.
USP
Num país que ainda se divide em casa grande e senzala, apesar de alguns avanços sociais, é incoerente que metade dos calouros da USP esteja na faixa dos 20% mais ricos da sociedade ("Cotidiano 2", 8/11). É uma iniquidade. Com certeza esses jovens poderiam pagar mensalidades. Caberia à USP oferecer bolsas a alunos de baixa renda que se destacam no ensino público.
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)