Painel do Leitor
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Sabesp
A Sabesp não tem demonstrado capacidade para satisfazer às necessidades de abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo, para despoluir os rios Pinheiros (cada vez mais fétido), Tietê e Tamanduateí nem para impedir a chegada de córregos poluídos à represa Guarapiranga. A incompetência parece ser total.
Passamos assim a palavra ao secretário de Saneamento, Mauro Arce, à presidente da Sabesp, Dilma Pena, e ao governador Geraldo Alckmin. O povo de São Paulo merece saber quais são os planos da secretaria para repor as condições de abastecimento de água de nossa região, pois a previsão é de que somente daqui a sete ou oito anos teremos a regularização.
Walter Coronado Antunes ex-presidente da Sabesp (São Paulo, SP)
Haddad
O prefeito Fernando Haddad repudia a maliciosa tentativa de envolver seu nome e a reputação de sua administração na reportagem "Servidor da Prefeitura de SP tem mansão com sete suítes" ("Cotidiano", 9/11). Sem que exista qualquer justificativa, o subtítulo da matéria é "Engenheiro da gestão Haddad tem salário de R$ 4.000 e 9 carros de luxo", imputando a responsabilidade dos atos de um servidor concursado à gestão Haddad, quando é sabido que o flagrante do pedido de propina ocorreu quando o mesmo atuava no Legislativo municipal, poder ao qual o funcionário estava cedido. Além disso, a incompatibilidade de patrimônio já vinha sendo investigada pela Controladoria-Geral do Município (esta, sim, criada por Haddad), fato que permitiu a rápida ação do Ministério Público. O período do suposto acúmulo ilegal de bens data de 2006 em diante, período que coincide com outras gestões, mas o jornal escolhe, estranhamente, não citar as gestões de José Serra e Gilberto Kassab.
Nunzio Briguglio, secretário de Comunicação da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)
RESPOSTA DOS JORNALISTAS ARTUR RODRIGUES E LEANDRO MACHADO - O engenheiro sob investigação é funcionário da Prefeitura de São Paulo, administrada por Fernando Haddad.
Maluf
O deputado federal Paulo Maluf foi prefeito de São Paulo de 1993 a 1996. A conta em um banco francês de que fala a reportagem "França irá julgar Maluf por lavagem de dinheiro" ("Poder", 7/11) foi aberta, legalmente, sete anos depois. Não procede, portanto, a suspeita levantada pela reportagem da Folha de que essa conta teve como origem qualquer tipo de fraude. A origem dos recursos contidos na conta é proveniente da venda de um terreno de 15 mil m², com edificações, na rua Vergueiro, números 235/247, herdado do pai do ex-prefeito de São Paulo, Salim Farah Maluf, morto em 1943, e de outras verbas, todas declaradas à Receita Federal.
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa do deputado federal Paulo Maluf (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO JORNALISTA FLÁVIO FERREIRA - A suspeita sobre a conta no banco francês foi levantada por autoridades da França e do Brasil. A assessoria de Maluf não forneceu esclarecimentos detalhados sobre a origem dos recursos quando foi procurada pela reportagem da Folha na última quinta-feira.
USP
Os cursos privados de especialização organizados por professores da USP, no recinto da instituição e sob a proteção de seus responsáveis, com o objetivo de obter altos lucros pessoais e mediante a utilização do renomado nome da universidade, mais do que qualquer outro objetivo, deveriam ser repensados. Que vantagem existe para a USP em prestigiar essa atividade privada?
Por que a população de São Paulo, que custeia a USP, não é chamada a opinar sobre a utilização privada --e com finalidade de lucro-- de suas instalações? Os professores da USP priorizam a atividade privada em detrimento da pública? Quanto eles conseguem arrecadar com essa atividade e que direito têm de obter vantagens pessoais à custa da USP?
Ademir Valezi (São Paulo, SP)
Editorial
Estelionato eleitoral deveria ser o título do editorial "Indigência política" ("Opinião", 9/11). Escamotear dados oficiais para ganhar uma eleição fez parte do conjunto de artimanhas usadas pela então candidata para ganhar uma eleição aproveitando-se da indigência cultural de expressiva parcela do eleitorado.
Antonio Carlos Gomes da Silva (São Paulo, SP)
Blogs
Está virando rotina elogiar os textos de Clóvis Rossi. O de domingo, "Declaração de não voto" ("Mundo", 9/11), é sensacional. Deveria ser lido por todos os que transformam a discussão política numa relação de amor e ódio. O texto é endereçado aos que ele chama de "black blogs" e seus congêneres. Eu os chamo de messiânicos --fanáticos, doentes, obtusos e cegos a serviço da banda podre dos partidos políticos. Não deveria ser assim. Chega de Fla-Flu! Não, Clóvis Rossi, você não é bicho raro --estamos juntos! Não precisamos da estupidez e das estultices, mas, como observa, de revolucionários no campo das ideias e das atitudes. Chega de marketing e de politicagem!
Jurcy Querido Moreira (Guaratinguetá, SP)
Colunistas
Nestes anos discordei algumas vezes dos textos de Eliane Cantanhêde, assim como elogiei outros, que foram a grande maioria. Sempre recebi dela respostas idôneas e adequadas, concordando ou não com o meu ponto de vista. Acima de tudo, além de democrata, demonstrou o cuidado e atenção com o leitor individual. A Folha perde muito com a saída dessa brilhante jornalista.
Antonio Ortona Filho (São Paulo, SP)
Após a saída de Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues, fiquei aguardando a ombudsman para saber o posicionamento dela sobre as mudanças dos jornalistas. Para minha surpresa, a coluna não foi publicada no domingo (9/11). O que está acontecendo com o jornal? Estão preparando a não renovação do mandato dela em abril de 2015?
Luiz Roberto Da Costa Jr. (Campinas, SP)
NOTA DA REDAÇÃO - A coluna da ombudsman excepcionalmente não foi publicada ontem porque a titular estava em semana de folga.