Painel do Leitor
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Salários da USP
Muito me espantei quando vi que a Folha publicou a folha de pagamento dos funcionários da USP ("USP terá que cortar 1.972 salários para cumprir decisão do Supremo", "Cotidiano", 16/11). Transparência é necessário, contudo é muito engraçado que a Folha não se preocupe em publicar também o valor que nos é retido pelos impostos com justificativa de financiarem a "saúde", que está precária no país todo, ou para a segurança.
SILMARA REIS BANZI (Ribeirão Preto, SP)
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Parabéns pelo editorial de 18/11 ("Luzes na USP", "Opinião"). Recoloca a discussão no eixo. Em comparação às universidades de excelência em pesquisa no mundo, o dispêndio com funcionários em relação a professores na USP está desalinhado.
EDUARDO ARMANDO, mestre e doutor em administração pela FEA USP (São Paulo, SP)
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Coberta de razão a professora da USP Lucile Winter (Painel do Leitor, 18/11), ao dizer que, embora nominalmente seu salário, após quase 40 anos de funcionalismo, seja maior do que o do governador, ela não mora em palácio nem tem segurança, comida, gás, água, eletricidade, telefone, gasolina e condomínio pagos pelo governo. Uma coisa é o salário bruto, e outra, o líquido.
JOSÉ CRETELLA NETO, professor da Escola Paulista de Direito e advogado (São Paulo, SP)
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Endosso o comentário da colega Lucile Winter. Acrescento que, se eu quiser passar o fim de semana em Campos do Jordão, não posso utilizar o palácio de inverno do governo, mas tenho que pagar hotel. O valor "salário" do governador é artificial e tem o objetivo de achatar os salários dos funcionários do Estado.
JOSÉ MARIA PACHECO DE SOUZA, professor aposentado do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP (São Paulo, SP)
Fertilização
Em relação à carta de Newton Busso e Nelson Antunes Jr. (Painel do Leitor, 18/11), a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) esclarece que a inseminação artificial não tem cobertura obrigatória pelas operadoras de planos de saúde, pois é uma exclusão prevista na lei 9.656/98. A agência está, portanto, atuando estritamente em cumprimento à legislação. A ANS esclarece ainda que segue o que determina a lei 11.935 e oferece diversos procedimentos para a realização de planejamento familiar, inclusive laqueadura tubária, vasectomia e implantação de DIU, além de procedimentos que visam ao tratamento da infertilidade.
GÉSSICA TRINDADE, gerente de comunicação social da ANS (Rio de Janeiro, RJ)
Petrobras
Quem garantirá a honestidade da diretoria anticorrupção da Petrobras ("Estatal quer criar diretoria anticorrupção", "Poder", 18/11)? A diretoria geral já não teria a função de cuidar da lisura e da ética de seus procedimentos?
ELZA LAURETTI GUARIDO (Campinas, SP)
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Parabéns a Luiz Fernando Vianna ("O País do Presente", "Opinião", 17/11). Até que enfim se falou dos corruptores, as grandes empreiteiras que enriqueceram principalmente a partir da ditadura militar e cujas ações passaram incólumes por três governos antes do PT. Não há nenhuma vestal entre os maiores partidos, mas, como bem coloca Vianna, ver corrupção só a partir de 2003 é ignorar a história.
MARIA APARECIDA SCHOENACKER, socióloga (São Paulo, SP)
Saúde
Sobre o editorial "Padrão SUS" ("Opinião", 6/11), as afiliadas à FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) esclarecem que a saúde suplementar atende a mais de 50 milhões de pessoas e paga quase R$ 100 bilhões em assistência médica ao ano. Por isso não é verdadeira a generalização de que as operadoras não se preparam para as demandas. Diante da orientação para que a maioria dos exames seja feita em jejum, é natural que se concentrem no período da manhã. As associadas reajustaram honorários médicos em 50%, em média, nos últimos cinco anos, ante inflação de 31% no período.
MARCIO SERÔA DE ARAUJO CORIOLANO, presidente da FenaSaúde (Rio de Janeiro, RJ)
Educação
O que Érica Fraga ("Esperança na educação", "Opinião", 17/11) não percebe é que, quanto mais se criam centros de excelência, tirando os alunos mais capacitados da escola regular, mais se piora a rede como um todo. Como mostra a experiência dos países que deram certo em educação, misturar é bom. Não adianta formar campeões do Pisa se a maioria vai mal. Para as instituições privadas só interessa selecionar os melhores; para o país dar certo, todos devem ir bem.
JOSÉ MARCELINO DE REZENDE PINTO, professor da USP (São Paulo, SP)
Inovação
Cumprimentos à Folha pela série "O Brasil que dá certo". Um antídoto para o chamado "complexo de vira-lata". A edição de segunda-feira (17/11) merece destaque pelo foco em inovação. Absolutamente relevante, trata de uma ferramenta capaz de alavancar os setores empresariais e as economias nacionais.
JOÃO GARCIA (São Paulo, SP)