Painel do Leitor
A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
-
Corrupção
Que bom que em nosso país haja pessoas destemidas como Ricardo Semler, que toca diretamente nas feridas de nossa sociedade --e mais: reconhece e acusa a hipocrisia reinante ("Nunca se roubou tão pouco", "Opinião", 21/11). Não me surpreendi, pois já havia lido seu livro "Virando a Própria Mesa". Parabéns à Folha por dar espaço a pessoas de mentes tão arejadas como Semler. É mesmo tempo de substituir colunistas tomados pela mesmice.
JÂNIO JOSÉ FERREIRA (Juiz de Fora, MG)
-
Diante de tanta insanidade raivosa e do farto noticiário sobre a falta de escrúpulos de executivos e políticos, finalmente uma voz emana do deserto: é a de Ricardo Semler ("Opinião", 21/11). Ao contrário do que se crê, não é a oportunidade que faz o ladrão: o que faz o ladrão é a falta de caráter. Por isso, como conclui Semler, "cada um de nós sabe o que precisa fazer em vez de resmungar".
ROBERTO ADAMI TRANJAN (São Paulo, SP)
-
Agradeço a Ricardo Semler e à Folha pelo artigo "Nunca se roubou tão pouco" (21/11). É o que precisamos: divulgar, principalmente aos jovens, que a podridão precisa acabar, mas que não começou agora. O Brasil precisa mudar, mas mudar de verdade.
MARCOS MARCONDES (Indaiatuba, SP)
-
Alguém diga a Demétrio Magnoli ("Poder", 22/11) que ninguém de caráter e bom senso quer o esvaziamento da Operação Lava Jato nem a isenção das responsabilidades deste governo, mas sim uma reflexão profunda sobre a corrupção e a oportunidade de revisar essa mentalidade do "por fora", que contamina quase que o país inteiro.
MARCIO A. MACEDO (Belo Horizonte, MG)
Privatizações
Sobre os comentários de André Franco Montoro Filho (Painel do Leitor, 21/11), entendemos que as privatizações foram transferências de bens públicos a grandes grupos privados, com financiamentos do BNDES e recursos dos fundos das estatais. Seria ruim para os consumidores ter uma Telebrás concorrendo com as empresas privadas na telefonia celular, tal como os postos BR concorrem na área de combustíveis?
DIOMEDES CESÁRIO DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)
Adib Jatene
Desejo expressar minha admiração pelo belo artigo em que Raul Cutait ("Opinião", 23/11) sintetizou a extraordinária figura de Adib Jatene. Raul lembrou-nos algumas facetas de uma mente aguda e empreendedora, tanto na engenharia médica --ao inventar instrumental específico para suas operações-- quanto na solução de cardiopatias, sem deixar de ressaltar sua generosidade inata e a preocupação com todos!
RENATO DINIZ KOVACH (Rio de Janeiro, RJ)
Ministério
O anúncio dos ministeriáveis causou espanto geral para os setores progressistas. A direita pode conseguir o que os perdedores não conseguiram --vencer a eleição. O mercado não pode ditar o que é melhor para o país.
Dilma foi reeleita com apoio da militância e dos movimentos sociais, mas a direita perdedora agora pressiona de forma agressiva. A possível ida da senadora Kátia Abreu para a Agricultura é um acinte contra os índios, ambientalistas e movimentos pela reforma agrária. Espero que não tenhamos tido uma vitória de Pirro.
VILMA AMARO (Ribeirão Pires, SP)
-
O brasileiro está pagando pelos erros e irresponsabilidades cometidos na economia pela presidente Dilma. A economia crescerá 0,5% em 2014. Eis o resultado de um governo irresponsável pelo excesso de gastos e manipulação de números. Serão necessários pelo menos dois anos para reparar os estragos. Muita sorte teve Dilma, no entanto, em conseguir Joaquim Levy, um dos melhores profissionais que dispomos. Espero que a conta para o contribuinte não seja tão dura.
FABIO FIGUEIREDO (São Paulo, SP)
-
A presidenta Dilma Rousseff pratica agora um verdadeiro estelionato eleitoral com a indicação de Joaquim Levy para a Fazenda e de Kátia Abreu para a Agricultura. As críticas de Janio de Freitas e de Clóvis Rossi não poderiam ser mais oportunas e justas. Tudo leva a crer que a presidente quer agradar a direita, que não a aceita em hipótese alguma. Ledo engano. A presidente não só não vai conquistar essa corrente como vai desagradar e afastar o eleitorado que nela confiou e votou.
ELISABETO RIBEIRO GONÇALVES (Belo Horizonte, MG)
-
Se for verdade o que está sendo publicado sobre Joaquim Levy, indicado para o Ministério da Fazenda, será o homem certo para este momento que atravessa a economia brasileira. Estamos precisando de austeridade fiscal, pois nenhuma conta fecha.
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)
USP
É patético e revoltante que os professores e seus colegas corporativistas tentem justificar os salários dos marajás da USP. Além de existir uma lei que fixa um teto para os salários de funcionários públicos --não importando se o governador paga ou não gás, água e luz--, o céu não pode ser o limite, pois é a sociedade civil quem paga esses salários. Os aposentados que batalharam pelo país por 40 anos ou 50 anos recebem em média R$ 1.700,00, com tendência de redução ano a ano por conta do famigerado "fator previdenciário" do governo FHC. Ministério Público: exija o fim dessas regalias vergonhosas.
JORGE LINO (São Paulo, SP)