Painel do leitor
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Lava Jato
Já que a Polícia Federal está mexendo no vespeiro do Petrolão, que esclareça também um mistério que precisa ser desvendado. Comenta-se que centenas de ONGs se beneficiam de recursos da Petrobras, mas nunca são divulgados os valores, os nomes dos favorecidos e o seu uso.
Humberto Schuwartz Soares (Vila Velha, ES)
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O leitor José Teófilo de Carvalho (Painel do Leitor, 26/11) deveria se envergonhar de evocar comparação entre a repressão do regime nazista e a maneira como se conduziu um "simples" acusado do crime do colarinho-branco.
Rodrigo Blas (São Paulo, SP)
Política econômica
O artigo de Elio Gaspari "O problema econômico é da doutora" ("Poder", 26/11) bate as raias do ridículo. Pretende demonstrar que a presidenta é eleita pelo povo, mas quem deve governar é o ministro da Fazenda. Ora, o ministro deve se submeter, sim, ao programa do governo, e não o contrário. Obama demitiu o secretário de Defesa, Chuck Hagel, sob a alegação de que "quer alguém que implemente a política do governo e que evite a promoção de ideias grandiosas e radicais". É isso mesmo que Dilma deve fazer: que seus ministros implementem a política do governo, e não políticas diferentes.
Arialdo Pacello (Piracicaba, SP)
Judiciário
Parabéns ao promotor Roberto Livianu ("A Justiça e as sandálias da humildade", Tendências/Debates, 26/11) por dizer que a Justiça deve servir o povo e quem faz parte dela não tem o direito de estar acima das leis ou de se achar um deus. Tomara que seus colegas também pensem assim.
Sérgio Luiz Carvalho (Araraquara, SP)
Violência
A cada notícia sobre o aumento da criminalidade ("Roubos sobem pelo 17º mês seguido em SP", "Cotidiano", 26/11), costumo repetir minhas manifestações. Os índices continuarão subindo se o governo de São Paulo insistir em sua desídia para com a Polícia Investigativa Civil. Continuamos com recursos humanos minguantes, estrutura pífia, policiais envelhecidos e destreinados e a pior remuneração de delegados do país. Não se obtêm resultados de Nova York com condições policiais de Bangladesh.
Paulo Lew, delegado de polícia (São Paulo, SP)
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Cobrança tamanha à polícia paulista pelo excesso de crimes não me parece a eficaz e eficiente solução. A insegurança está presente com tal abrangência que é problema em todo o país. A ação presente e imediata da polícia vai se tornando impossível. E o que faz o Congresso? Que leis devem ser modificadas ou formuladas? Quando nossos representantes acudirão seus representados?
Edson Freire (São Paulo, SP)
Narcotráfico
A comercialização de cigarros é permitida e nem por isso o comércio ilegal diminuiu ("Narcotráfico está rindo da repressão às drogas", "Mundo", 26/11). Ao contrário, o governo não consegue impedir o contrabando, que cresce de maneira vertiginosa. Com qual argumento o presidente do Uruguai, José Mujica, pretende nos convencer de que, liberando o consumo de drogas, vai ser capaz de controlar sua venda e seus fornecedores?
Denis Schaefer (São Paulo, SP)
Educação
Sobre o editorial "Educação acelerada" ("Opinião", 25/11), a onda de investimentos e fusões vem elevando de forma mensurável a qualificação dos brasileiros. O avanço no Enade das instituições particulares foi superior ao das demais entre os anos 2009/2012. Estudo Abraes (Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino Superior) mostra média dos estudantes com bolsa ProUni 100% superior à dos estudantes de universidades públicas. A consolidação origina empresas de alto padrão de governança, fortalece instituições, gera inovações, eleva capacidade de investimento e expande a oferta. Técnicas remotas do ensino à distância fazem parte de escolas no mundo. Parte da evasão é causada pela qualidade, mas comprovadamente a principal é a dificuldade financeira. Constatar isso e não oferecer o Fies é inverter causa e efeito.
Elizabeth Guedes, diretora-executiva da Abraes (Brasília, DF)
Bancos
Na reportagem "Itaú, Bradesco e Santander abrem agência sem caixa e sem dinheiro'" ("Mercado", 13/11), lê-se: "Como não têm dinheiro, não precisam de (...) porta giratória nem segurança". Não é bem assim. Nas agências de "negócios", o desrespeito à lei federal 7.102/1983 é flagrante. Não existe manipulação de dinheiro pelo bancário, até porque os bancos eliminaram essa função. Porém existe dinheiro nos caixas eletrônicos. Ao julgar ação do sindicato, a juíza Roberta C. G. Amstalden condenou o Itaú a instalar portas giratórias e manter vigilantes em duas agências de Campinas e uma de Itapira.
Jeferson Rubens Boava, presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região (Campinas, SP)
Paul McCartney
Não entendo por que é Thales de Menezes que escreve sobre os shows do Paul ("Com chuva e atraso, Paul faz primeira apresentação de 2014 em São Paulo", "Ilustrada", 26/11). Se não bastasse a crítica injusta, equivocada e ridícula de 2010, vem novamente com sua frieza e antipatia. E, quando um artista faz apresentação péssima --Bob Dylan--, o crítico da hora (Ivan Finotti) acha que os leitores são idiotas para cair naquela engabelação de que o show foi genial.
Marilia Coutinho (São Paulo, SP)