Painel do Leitor
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CPMF
Governadores recém-eleitos apunhalam seus eleitores pelas costas ("Governadores eleitos do PT articulam a volta da CPMF", "Poder", 1º/12). A possível volta da CPMF é a prova de que nossos governantes administram da maneira mais incompetente que existe: criando impostos. Espero que a presidente Dilma Rousseff e os congressistas mais inteligentes nos defendam.
MÁRIO NOGUEIRA NETO (Ponta Grossa, PR)
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Depois de toda a "roubalheira", nós, trabalhadores honestos, que damos duro para pagar um convênio médico, teremos que pagar pela conta, pela falta de investimento na saúde pública? Como sempre, pagaremos duas vezes. Então, senhores políticos, destinem uma "fatia" para nos ajudar a pagar o nosso convênio.
MARIA CRISTINA M. P. RODRIGUEZ (Lorena, SP)
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A CPMF não tem bem uma razão de ser, um propósito definido e uma justificativa. É simplesmente uma forma de ter mais dinheiro para gastar.
SÉRGIO EDUARDO MAURER (Taubaté, SP)
Reforma ministerial
Os jovens e, principalmente, os estudantes de direito deveriam ler a reportagem "Troca de ministro gera atrito com grupo JBS" ("Poder", 2/12) para entender realmente o que é a democracia deste país. Vai do financiamento nocivo de campanhas à ingerência da administração pública, passando pelo loteamento de cargos. Está aí a origem de tudo o que acontece de ruim no Brasil.
LAFAETI TOMASAUSKAS BATAGLIA (Sertãozinho, SP)
Educação
Sou professor da rede pública e estamos sentindo na pele o corte de verba ("Gestão Alckmin corta verba de escolas", "Cotidiano", 2/12). Na escola onde trabalho, não temos papel higiênico, sabão e copos descartáveis. Nós, professores, nos juntamos numa vaquinha para ao menos utilizar o banheiro. Não bastasse falta de água, agora falta (ainda mais) qualidade na educação.
FELIPE MENDES, professor (São Paulo, SP)
Saúde
Em relação à reportagem "Faltam profissionais, afirma prefeitura" ("Cotidiano 2", 29/11), esclarecemos que a gestão Gilberto Kassab deixou concluída a PPP da Saúde, incluindo os terrenos e os projetos básicos para construção de três hospitais e novas instalações de outros seis. Com essa parceria público-privada, São Paulo ganharia cerca de mil novos leitos e dobraria a capacidade de atendimento. Gilberto Kassab reestruturou a rede de saúde pública ao entregar cinco novos hospitais e 139 AMAs, além de ter contratado 6.000 médicos.
JANUARIO MONTONE, secretário municipal da Saúde na gestão Gilberto Kassab (São Paulo, SP)
USP
No artigo "USP, estupros e metrô" ("Opinião", 1º/12), ao dizer que a Faculdade de Medicina da USP agiu com indiferença, a repórter Fernanda Mena ignora medidas adotadas para coibir abusos. Os casos que chegaram à direção são objeto de sindicância e uma comissão foi criada pela FMUSP para propor soluções. Criamos o Centro de Defesa dos Direitos Humanos, proibimos álcool e suspendemos festas. Somos solidários às vítimas e reconhecemos a gravidade do problema. Mas não é distorcendo os fatos que vamos enfrentá-los.
TIAGO VARELLA, assessor de comunicação da FMUSP (São Paulo, SP)
RESPOSTA DA JORNALISTA FERNANDA MENA - A criação do Centro de Defesa dos Direitos Humanos, a proibição do álcool e a suspensão de festas foram medidas tomadas somente depois que os casos de abuso se tornaram públicos.
Viagem de cadeirante
Ler a reportagem "Cadeirante se arrasta por escada de avião para poder embarcar" ("Cotidiano", 2/12) é como receber um direto no queixo. Para a empresa, é apenas um acontecimento banal e não desperta nenhuma preocupação, pois tem a certeza da impunidade. A Infraero se manifestou com aquela propriedade de sócia no negócio, sem o intuito de punir nem mesmo com uma advertência --no fundo, incentiva a empresa a prosseguir da mesma maneira no futuro.
LUIZ ABRAHÃO (São Paulo, SP)
Uber x táxi
São superficiais os argumentos que promovem o Uber ("Tomar Uber é melhor do que táxi, mas é mais caro; espera é de cerca de 15 minutos", "Tec", 2/12). Cordialidade é importante, mas não basta para avaliar a qualidade de um serviço. Os taxistas praticam todas as gentilezas citadas e outras mais. A qualidade dos táxis é atestada por pesquisas que os colocaram entre os melhores do mundo. Os taxistas passam por um exigente processo e cursos e também são fiscalizados. Seguem regras, algo que a Uber parece temer, já que orienta seus motoristas a evitar fiscalizações. Diferentemente do táxi comum, o Uber oferece um serviço ilegal, pois não segue nenhuma regulamentação.
RICARDO AURIEMMA, presidente da Associação das Empresas de Táxi do Município de São Paulo (São Paulo, SP)
Presidenta
Carlos Heitor Cony engana-se ao dizer que "presidenta" não é a "forma correta" e seria "imprópria" e "um equívoco" ("Presidenta contra presidente", "Opinião", 2/12). Concordo que a forma "presidente" para o gênero feminino é esteticamente preferível (questão de gosto), mas os dicionários ("Houaiss", "Aurélio") também sancionam a outra forma, gostemos dela ou não.
JORGE HOUNIE (São Carlos, SP)