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Comissão da Verdade
A apresentação do relatório da Comissão Nacional da Verdade é o verdadeiro marco civil da sociedade brasileira moderna. O artigo de Pedro Dallari e outros ("Verdade, memória e reconciliação", Tendências/Debates, 10/12) é um contundente resumo de sua importância. Um dia histórico.
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)
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Aos 62 anos de idade, tendo vivido intensamente os 21 anos de ditadura militar, senti-me emocionado ao ler o texto "Verdade, memória e reconciliação". Foi como respirar um ar novo.
PAULO CELSO DE CARVALHO (Piracicaba, SP)
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Seria ótimo que as Forças Armadas reconhecessem sua participação em crimes contra os direitos humanos. Seria um compromisso dos militares com o Estado democrático de Direito.
JOSÉ RUBIN (São Caetano do Sul, SP)
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As Forças Armadas podem até ter se excedido no uso da força para conter a guerrilha, mas atingiram o objetivo maior, que era impedir os roubos a bancos, sequestros, assassinatos e a instalação do comunismo no país. No mérito, saíram-se bem. Nos métodos, há o que se criticar.
JOSÉ NOGUEIRA (São Paulo, SP)
BNDES
Está equivocada a insinuação de Matias Spektor de que o BNDES não respeita a Lei de Acesso à Informação ("Nunca mais", "Mundo", 10/12). Até setembro de 2014, nosso Serviço de Informação ao Cidadão atendeu a 1.649 solicitações. Em 93% delas não houve recurso dos demandantes, e no restante praticamente todas as respostas foram consideradas satisfatórias por órgãos externos, mostrando o acerto nos esclarecimentos. Além disso, em ação pioneira e anterior à lei, o banco disponibiliza on-line dados sobre todas suas operações. Os poucos dados resguardados são aqueles cuja divulgação é vetada por leis que regem o sistema bancário.
FÁBIO KERCHE, assessor da presidência do BNDES (Rio de Janeiro, RJ)
RESPOSTA DO COLUNISTA MATIAS SPEKTOR - Mesmo após a aprovação da Lei 12.527/11, que estabeleceu as regras para o acesso público à informação, o BNDES continua a negar informações sobre valores e destino de seus recursos, prazos de liberação, o pagamento da dívida e os juros aplicados.
Jair Bolsonaro
O deputado Bolsonaro (PP-RJ) exorbitou ("Bolsonaro diz que não estupraria ex-ministra", "Poder", 10/12). Estupro é crime hediondo, inclusive para deputados. Caso a Câmara e a Procuradoria-Geral da República não tomem medidas punitivas contra o parlamentar, o Legislativo estará achincalhado por um "valentão de caserna".
LUIGI PETTI (São Paulo, SP)
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É ético acusar alguém de ser um estuprador diante de jornalistas? A resposta veio em público, em termos figurativos. As feministas precisam aprender que, se querem falar o que bem entendem a um homem, têm que estar prontas para ouvir a resposta.
MARIA CRISTINA AZEVEDO (Florianópolis, SC)
Escândalo na Petrobras
A imprensa noticia que a presidente Dilma ficou irritada com as palavras do procurador-geral da República ("Procurador sugere demissão na Petrobras e irrita Planalto", "Poder", 10/12). Isso demonstra que Dilma não é afeita à administração eficaz de empresas. Uma unidade de produção importante como a Petrobras, e completamente cupinizada como está, precisa iniciar um novo ciclo de atividades, com novas estratégias e novas pessoas. Quanto mais demorar, pior para a Petrobras e para o Brasil.
ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)
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São sábias as palavras do procurador-geral da República sobre a substituição da diretoria da Petrobras. Para qualquer administrador em cargo de chefia, as palavras "controle" e "fiscalização" são ferramentas de uma boa gestão. No caso da estatal, fica evidente que isso não houve, logo as providências sugeridas pelo procurador são medidas saneadoras para a administração. Não precisa comprovar que houve crime, pois, diante dos fatos já levantados, a troca da diretoria já deveria ter ocorrido. Não fazê-lo é ser conivente com o que aconteceu.
SEBASTIÃO DE SOUZA PINTO (Jacareí, SP)
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Estranha e confortável a situação dos diretores da Petrobras. Estavam na chefia da empresa enquanto um processo de corrupção funcionava, e não sabiam de nada? Se não sabiam, houve omissão; se sabiam, houve conivência. Inocência é que não há. Eles são responsáveis e devem responder por isso.
MARIA HELENA RABELO CAMPOS (Nova Lima, MG)
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Embasado apenas em interesses corporativos, o governo priorizou o pré-sal em detrimento do álcool. Como consequência, foram fechadas dezenas de usinas, o que está gerando desemprego. Agora, com o preço do barril de petróleo na faixa de US$ 70 ("Petróleo barato pode levar a revisão de investimento", "Mercado", 7/12), a incompetente política deverá gerar prejuízos ainda maiores à Petrobras e à educação, que não irá usufruir do dinheiro prometido com o pré-sal.
OSMAR G. LOUREIRO (Cravinhos, SP)
Orçamento
Depois de 12 anos, ficou claro o que alguns petistas queriam dizer com a expressão herança maldita. Referiam-se à Lei de Diretrizes Orçamentárias ("Congresso aprova projeto que muda meta fiscal da LDO", "Poder", 10/12). Pena que a mesma qualificação não tenha sido usada para o foro privilegiado e o cartão corporativo, certamente classificados como benditos. Já a compra casada de votos, apesar da laicidade constitucional, corre o risco de ser santificada.
HERMÍNIO SILVA JÚNIOR (São Paulo, SP)
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Lamentavelmente, a oposição no Brasil, liderada pelo PSDB, parece ter se especializado em querer prejudicar a atuação do governo, como no recente episódio da aprovação da LDO/2014. Melhor seria que apresentasse projetos viáveis e relevantes para o país, enriquecendo o atual cenário político e ganhando reconhecimento junto ao eleitorado.
ERIVAN AUGUSTO SANTANA (Teixeira de Freitas, BA)