Painel do Leitor
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Comissão da Verdade
Meu bravo à Comissão Nacional da Verdade por desvelar a face do monstro ("Comissão pede punição para 377 pelos crimes da ditadura", "Poder", 11/12); à Folha, pela cobertura dos trabalhos da CNV; aos cidadãos comuns e pessoas da lei que jamais confundiram perdão com omissão e um bravo especial a Mário Magalhães, do UOL. "Barbárie nunca mais: hora de salgar as feridas" diz o que precisa ser dito e feito, com concisão de urgência.
CONSUELO DE CASTRO, dramaturga (São Paulo, SP)
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A divulgação do extenso relatório da Comissão Nacional da Verdade deve ser saudada por todos os brasileiros. Finalmente são trazidos à tona atos escabrosos que foram encobertos por mentiras e dissimulações. A apuração da verdade é sempre bem-vinda e esperemos também que essa mesma busca ajude o Brasil a sair do atoleiro de podridões financeiras que estão sendo reveladas pela operação Lava Jato. Jamais seremos um país justo e forte se negarmos isso.
CLAUDIO JANOWITZER (Rio de Janeiro, RJ)
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Muito carnaval em torno do relatório final da "Comissão da Inverdade". Açodados pelo jogo político e indignados por oportunismo insistem em demonizar as Forças Armadas. Os excessos ocorreram dos dois lados. Dores profundas e sequelas também atingiram as famílias de militares. Esquecem que foram as Forças Armadas que evitaram que o Brasil acabasse dominado pela praga do comunismo.
VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF)
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A Comissão Nacional da Verdade está de parabéns. Conseguiu escrever uma página, ainda em branco, da história do país. Com coragem e lucidez, vasculhou os porões da ditadura e encontrou os responsáveis pelos horrores ali praticados. E teve, também, a coragem de apontá-los. Merece todo apoio e admiração do povo brasileiro.
GILCÉRIA OLIVEIRA (São Paulo, SP)
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Seria de bom alvitre que os militantes da luta armada contra o regime militar, na pessoa de Dilma Rousseff, seu representante mais ilustre, reconhecessem que também cometeram violências contra os direitos humanos.
PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA, capitão de mar e guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)
Gestão Haddad
Incrível o cenário idílico em que o vereador Paulo Fiorilo descreve o centro de São Paulo no artigo "Visões da Cidade" (Tendências/Debates, 11/12). Um dos problemas do PT é que, quando administra, continua acreditando nas fantasias de campanha do marqueteiro João Santana.
ANDREA MATARAZZO, vereador em São Paulo pelo PSDB (São Paulo, SP)
Legislação ambiental
A Folha erra ao afirmar "Base de Alckmin aprova regras que afrouxam proteção de reservatórios" ("Cotidiano", 11/12). O PRA (Programa de Regularização Ambiental) foi aprovado por 65 deputados de vários partidos contra apenas dois: PSOL e PDT. O PRA não diminui áreas de proteção de 30 m para 5 m. Nem pode fazê-lo. Manteve exatamente as mesmas metragens previstas no art. 61 A do Código Florestal: legislação estadual concorrente só pode complementar e nunca contrariar a federal. O projeto que criou o PRA tramitou na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) desde 27 de março. Acolheu 55 sugestões apresentadas em dezenas de reuniões e após a realização de duas audiências públicas com debates do mais elevado nível.
BARROS MUNHOZ, deputado e autor do projeto (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO JORNALISTA EDUARDO GERAQUE - Foi a base do governador que derrubou a proposta da oposição de permitir compensação apenas dentro do Estado. A nova lei também permite ocupação mais próxima da nascente de rios. Em relação à distância das áreas de proteção, leia a seção Erramos.
Deficit na Previdência
O editorial "Sangria previdenciária" ("Opinião", 10/12), em boa hora publicado pela Folha, chama atenção para alguns dos problemas da Previdência Social Pública. No caso do regime geral de Previdência Social, o deficit de R$ 50,1 bilhões não é só dos rurais. Acrescente a sonegação de 30%, a não cobrança da dívida ativa de R$ 250 bilhões, a baixíssima recuperação de créditos, renúncias, desonerações. No caso do regime próprio da União: 1) a União não recolhia sua parte e o que era descontado dos servidores. 2) a União nunca pagou sua parte na previdência dos militares, que contribuem com 6% para saúde.
PAULO CÉSAR REGIS DE SOUZA, vice-presidente executivo da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps) (Brasília, DF)
Crise da água
Lamentável o artigo míope de Rogério Gentile ("Natação na Sabesp", "Opinião", 11/12), que faz acusações descoladas da realidade sobre a reação do governador Geraldo Alckmin em decorrência da crise hídrica por que passa nosso Estado. Gentile, curiosamente, despreza que o Sudeste enfrenta a pior seca dos últimos 84 anos. O governador sempre tratou o tema com absoluta seriedade e transparência, buscando garantir o abastecimento de água dos paulistas. Foi graças ao esforço do governo, em parceria com a população, que se conseguiu reduzir o consumo de água, integrar os reservatórios e planejar as obras necessárias para São Paulo no futuro, a exemplo do novo Sistema São Lourenço.
CAUÊ MACRIS, deputado e líder da bancada do PSDB (São Paulo, SP)