Painel do leitor
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Medicina da USP
Parabéns ao dr. Miguel Srougi pelo belo artigo ("Opinião", 14/12) sobre a faculdade que é um orgulho de todos os brasileiros. Pela excelência na formação dos médicos que cuidam de nosso bem mais precioso, a saúde, e pela grande contribuição à pesquisa. Fatos lamentáveis em festinhas de alunos atingiram lateralmente a imagem da faculdade, injustiça repudiada por todos os que conhecem a instituição, pela cultura de respeito à dignidade humana que ali se pratica.
Quero prestar homenagem à faculdade na figura de três médicos: o grande Fúlvio Pilleggi, que fez meu coração bater no compasso certo; o dr. Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, que salvou minha mãe; e Manoel Jacobsen Teixeira, que, com sua perícia, salvou minha vida. Muitas vezes com sacrifícios pessoais, esses homens nos devolvem a mais fascinante experiência --viver.
Beth Viviani (São Paulo, SP)
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O artigo de Miguel Srougi, da Faculdade de Medicina da USP, me pareceu desnecessário e incompleto. Desnecessário ao relacionar dados para mostrar a importância dessa instituição no ensino médico, relevância que em nenhum momento foi questionada. E incompleto, porque faltou informar o que fizeram os eminentes e titulados professores daquela faculdade, que imagino terem sido informados dos crimes à época em que ocorreram.
Simon Widman (São Paulo, SP)
Pedro Simon
Não sei se me é permitido meter a colher nas discordâncias sobre o senador Pedro Simon. Para mim, o único mérito de Simon era a defesa da ética. No mais, realmente soube conviver bem ao longo de décadas com os malfeitos, pela ausência de dinamismo laboral. Não se destacou em nada digno de história. Sempre era superficial, a ponto de seus discursos serem um tanto imprestáveis.
Ademir Valezi (São Paulo, SP)
Comissão da Verdade
Chega a ser esdrúxula a alegação de que a Comissão da Verdade apurou os fatos só em relação a um dos lados. Não se trata de um concurso de beleza às avessas, para se saber qual dos dois lados matou e torturou mais. Ao Estado Democrático de Direito interessa saber o quanto suas instituições agiram na ilegalidade para que isso não se repita. No dia em que o Estado se nivelar ao crime não haverá mais democracia.
Antônio Beethoven C. de Melo (São Paulo, SP)
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O artigo de Antonio Prata ("Dar cabo", "Cotidiano", 14/12) é uma bela resposta ao cantor Lobão, que defendeu a anistia "para os caras que torturaram, arrancaram umas unhazinhas".
José Cláudio Moscatelli (Sertãozinho, SP)
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Concordo com tudo o que disse Antonio Prata ("Cotidiano", 14/12): lugar de assassino é na cadeia. Gostaria porém de perguntar ao articulista se quem teve um pai, uma filha ou um irmão mortos pelos militantes da luta armada também tem direito de querer ver esses assassinos na cadeia?
Claudio Dondon (São Paulo, SP)
Fernanda Torres
Ao ler a diatribe de Fernanda Torres contra Kátia Abreu ("Deus é química", "Ilustrada", 12/12), fiquei pensando que esses descolados imaginam que os entrecôtes que comem crescem ao lado de rúculas orgânicas, em hortas comunitárias tocadas por índios guaranis-caiowás em estado de pureza, que depois escoam sua produção em bicicletas --por uma grande ciclovia de tijolos amarelos. Por que vocês, artistas, não veem o mundo como ele é?
Orlei Araujo (São Paulo, SP)
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Fernanda Torres ("Ilustrada", 12/12), você é maravilhosa. Sempre admiro seus textos, e este foi magnífico. Mas não alimente vãs expectativas: mesmo as baratas (que irão subsistir a nós) não poderiam abalar aquela senhora de espírito tão mesquinho quanto imensos são seus lucros. E é por causa de indivíduos assim que toda a espécie vai levar a breca.
Iliana Mancini Pires (São Paulo, SP)
Pagu
Queria agradecer a crônica sobre meu livro "Pagu: Vida-Obra" ["Ilustrada", 13/12] que Otavio Frias Filho, diretor deste jornal, estomagado com meus reclamos pelo fato de a Folha ter publicado um poema meu sem minha autorização e sem me pagar direitos autorais, e por eu ter denunciado a parcialidade do jornal contra Dilma nas últimas eleições, encomendou a Marcia Camargos, beletrista, autora do romance "Micróbios na Cruz" e coautora dos livros "Yes, nós temos bananas: histórias e receitas com biomassa de banana verde" e "Monteiro Lobato: furacão na Botocúndia".
Os títulos falam por si mesmos. Vai direto para engordar o tolicionário do meu "The Gentle Art of Making Enemies". Piada pronta, apud Josephus Simmanus. Meu livro é tão ininteligível que serviu de roteiro ao longa de Norma Bengell. Como a obtusa professora fala em Patrícia Galvão, sabotada durante 50 anos pela candidíase das cadeiras de letras da USP, a cujo corpo docente pertence, e sobre a qual ninguém falava nada antes do meu livro, que é de 1982 (!!!), sinto-me no direito de incluí-la também na classe dos que Décio Pignatari chamava de "chupins desmemoriados". Aproveito para denunciar a perseguição que a Folha move contra mim, chegando a solicitar vários dos meus últimos livros às editoras, e omitindo qualquer notícia sobre eles.
Augusto de Campos (São Paulo, SP)
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de Cecília e Abram Szajman (São Paulo, SP), de Roberto Simões, presidente do conselho deliberativo, Luiz Eduardo Barreto, diretor-presidente, Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico, e José Claudio dos Santos, diretor de administração e finanças do Sebrae Nacional (Brasília, DF), da Arquitetura Julio Neves (São Paulo, SP), de Ricardo Moraes, gerente-executivo de relações institucionais e imprensa, e Ricardo Souza, especialista de comunicação da Invepar (Rio de Janeiro, RJ), do Banco BBM (Rio de Janeiro, RJ), da Precon (São Leopoldo, MG), da Apae de São Paulo (São Paulo, SP) e do IMS - Instituto Moreira Salles (São Paulo, SP).