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Pena de morte
A presidenta Dilma, ao pedir clemência para o cidadão brasileiro Marcos Archer, reconheceu a gravidade de seus crimes, disse respeitar a soberania e o sistema jurídico indonésio e invocou razões humanitárias. Pesquisador criterioso e admirado por todos, Ruy Castro poderia saber que o governo brasileiro tem se manifestado contra as execuções do Estado Islâmico, mas, sobretudo, não repetir a notícia absolutamente falsa de que a presidenta propôs diálogo com os terroristas ("Pena de vida", "Opinião", 21/1).
MARCO AURÉLIO GARCIA, assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidenta da República (Brasília, DF)
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Parabéns a Ruy Castro. Compartilho suas ideias. Um dos males da prepotência é a miopia que acomete a presidente Dilma.
GILVAN A. DAL PONT (São José dos Pinhais, PR)
Crise da água
Em relação à reportagem "Califórnia reduz consumo com cerco ao desperdício" ("Cotidiano", 20/1), vale destacar que as medidas adotadas pela Sabesp obtiveram resultados ainda mais relevantes. Enquanto o Estado americano reduziu seu consumo em 10%, São Paulo diminuiu a produção de água em 25,3% --o volume caiu de 71 mil litros por segundo, em janeiro de 2014, para 53 mil litros por segundo, em janeiro deste ano. A economia é suficiente para abastecer 5,4 milhões de pessoas. Importante salientar que a população paulista tem um padrão de consumo muito menor --hoje é de 130 litros/habitante/dia, ante 605 na Califórnia, o que torna mais difícil mudar os hábitos em São Paulo.
CARLOS ALENCAR, assessor de Comunicação da Sabesp (São Paulo, SP)
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Sobre "Verão paulistano pode inspirar o 'Vidas Secas' do século 21" ("Cotidiano", 21/1), fica melhor inspirar "O Quinze" do século 21, já que o do século 20, de Rachel de Queiroz, refere-se a uma grande seca no Ceará, em 1915.
MARCOS BASTOS DOS SANTOS (São Paulo, SP)
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Lamentável o artigo ofensivo "Mentiras e o povo no escuro" ("Mercado", 21/1), de Vinicius Torres Freire, que tenta igualar comportamentos totalmente distintos nas questões do fornecimento de água e de energia elétrica. O governo de SP sempre agiu de forma transparente na questão da água: adotou medidas de estímulo ao consumo racional há quase um ano e foi o único ente governamental a lançar bônus para quem economizasse. Promoveu a interligação dos sistemas e planejou obras para o futuro --novo sistema São Lourenço. Sobre chamar o governador de sumido, só neste mês foram 13 entrevistas coletivas.
JOSÉ ANTÔNIO BARROS MUNHOZ, deputado estadual pelo PSDB (São Paulo, SP)
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Vinicius Torres Freire traduz a indignação dos brasileiros, cuja inteligência vem sendo subestimada desde a eleição.
M. INÊS DE ARAÚJO PRADO (São João da Boa Vista, SP)
Liberdade de expressão
Em função de opinião de caráter pessoal emitida por mim sobre liberdade de expressão e liberdade religiosa, este respeitável jornal criticou-me, no editorial "César, o papa e o califa" ("Opinião", 20/1), chegando ao ponto de afirmar que eu não me oponho ao terrorismo --causando, com isso, a impressão de que sou a favor. Deixo clara a minha opinião: sou visceralmente contrário ao terrorismo e a qualquer ato de violência. Nada os justifica. Nada os legitima. Trata-se de um princípio que sempre defendi com força, como um homem do Direito e das leis. Princípio, aliás, que não contradiz minha avaliação anterior, de que zombar de crenças religiosas alheias não contribui para a paz e para a solidariedade.
ALOÍSIO DE TOLEDO CÉSAR, secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania (São Paulo, SP)
Crise da USP
Muito oportuna a reportagem "Reitor da USP propõe que ex-aluno preste serviço à sociedade" ("Cotidiano", 20/1). Aqueles que se beneficiam do ensino gratuito devem, sim, oferecer uma contrapartida, como no Peru, por exemplo. O modelo de Estado paternalista, que tudo oferece, deve ser revisto. Num momento em que existe um apagão de professores, falta de médicos para cuidados básicos etc., a contrapartida de quem se formou com verbas públicas é muito mais que bem-vinda. É absolutamente necessária e justa.
EDENILSON DE ALMEIDA, jornalista e mestre em Ciências da Comunicação pela USP (Curitiba, PR)
Cultura
A nota "Prata da Casa" ("Painel", "Poder", 18/1) equivocadamente sugere favorecimento ou irregularidade no convênio entre a Bibliaspa e as Secretarias Municipais de Cultura (SMC) e Educação (SME). A entidade participou de um Grupo de Trabalho sobre o Plano Municipal de Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLLB), com várias outras entidades da sociedade civil. No GT, o senhor Paulo Farah atuou como representante da entidade, e não em nome da SMC. Como coordenadora e para desdobrar as discussões do grupo, a instituição propôs um seminário para ampliar o debate. Por ser de interesse público, a proposta foi aceita. O senhor Farah não exerce nenhum cargo remunerado pela Prefeitura de São Paulo.
GUILHERME VARELLA, chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Cultura (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO JORNALISTA PAULO GAMA - A nota não sugere irregularidade, somente noticia a assinatura do convênio com a entidade. O apontamento da secretaria foi registrado na coluna.
Queda de árvores
É um absurdo termos, em São Paulo, tantas árvores condenadas a cair. A prefeitura teve muito tempo para podar as árvores perigosas, mas não fez o seu trabalho. Não se pode tocar em uma árvore sem ter problemas ou multas, pois a prefeitura se diz responsável por elas. Precisamos desburocratizar esse trabalho para identificar as árvores condenadas e fazer a poda imediata.
ANDREW SHORT, jornalista (São Paulo, SP)