Painel do Leitor
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Delação premiada
Incrível! Se for verdadeira a cláusula contratual que prevê que o doleiro Alberto Youssef levará 2% de todo o montante recuperado pela Operação Lava Jato, será a forma mais esdrúxula e formal de "lavar dinheiro" para o operador! Será livre de impostos?
Aparecido José Gomes da Silva (Santana de Parnaíba, SP)
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É inaceitável que o doleiro Alberto Youssef ("Poder", 24/1) receba "comissão" por dinheiro público roubado. A diminuição da sua pena para cinco anos em regime fechado já é um prêmio para lá de bom para quem deveria enfrentar 240 anos de cadeia. Esse não é o caminho para restaurar a moralidade pública.
Márcia Meireles (São Paulo, SP)
Racionamento
Triste e revoltante a frase do nosso ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, apelando a Deus para amenizar a crise no fornecimento de energia. Não vai ser importando energia de países vizinhos, como Argentina e Paraguai, que Deus será brasileiro.
Eduardo Suguiyama (Guarulhos, SP)
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O que mais impressiona na crise energética é ver o governo brasileiro rezando para que chova --para que as usinas hidrelétricas consigam gerar energia-- enquanto a mecânica quântica comemora cem anos de estupendos avanços tecnológicos. Pequenas usinas nucleares resolveriam a questão sem dano ambiental algum, visto que, em mais de 50 anos de uso da energia nuclear, só três acidentes aconteceram.
Antonio Carlos Abrão (Inconfidentes, MG)
Arena Pantanal
A Coface Arena do Mainz (Alemanha), com capacidade para 34 mil espectadores, autossuficiente em energia por conta de células fotovoltaicas instaladas na sua cobertura, foi construída em 2010 com recursos privados por R$ 180 milhões. A Arena Pantanal, erguida com recursos públicos, com capacidade para 43 mil pessoas, custou R$ 596 milhões e está, seis meses depois de sua inauguração, em estado de calamidade pública ("Aberta há só 7 meses para Copa, Arena Pantanal fecha para obras", "Esporte", 23/2)! Ninguém vai fazer nada?
Gerd Wenzel (São Paulo, SP)
Grécia
O socorro da União Europeia à Grécia apenas adiou a solução dos problemas do país, mas atendeu aos credores, que não tiveram seus pagamentos interrompidos. Agora, dizer que eles saíram da recessão com um crescimento de 1,1% em 2014 é desconhecer a tragédia de uma taxa de desemprego de 26%, uma dívida pública de 175% do PIB e uma renda per capita 25% abaixo da de 2010. A eleição de hoje coloca o problema sob o foco mundial, pois a oposição está à frente nas pesquisas prometendo alterar as condições impostas ao país, o que poderá levar a uma moratória.
José Osvaldo Gonçalves Andrade (Belo Horizonte, MG)
Conti
Pera lá, Mario Sergio Conti ("Anotações nipônicas", "Ilustrada", 23/1). Analisar o Japão de forma tão grosseira baseando-se em uma conversa informal com Mari Hirata saboreando sushis e saquês só demonstra sua alienação diante da cultura do país, que tem nos dado exemplos de altíssima qualidade na arquitetura (você já ouviu falar de Shigeru Ban?), literatura (Haruki Murakami), cinema (Yojiro Takita), fotografia (Hiroshi Sugimoto) e artes plásticas (Yayoi Kusama). Isto sem falar em seu assombroso desenvolvimento tecnológico e na capacidade de recuperação diante de tantas catástrofes naturais.
Todas as sociedades merecem ser criticadas, mas com argumentos consistentes e com um mínimo de conhecimento de causa.
Cristiano Mascaro, fotógrafo (Carapicuíba, SP)
Demétrio
A Folha, na pessoa de Demétrio Magnoli ("Poder", 24/1), exagera um pouco em sua argumentação, ao misturar os problemas de nossos governantes e suas decisões com o que acontece com brasileiros criminosos. Dois sujeitos brasileiros que deliberadamente partem para a Indonésia para vender drogas não podem ser comparados aos jihadistas. Eles merecem as penas do país em que foram capturados.
Carlos Villares (São Paulo, SP)
Táxi
Eu pego táxi com frequência. Mas não vou sozinha porque gosto da exclusividade, e sim porque não há fomento ao compartilhamento do custo. E se a lei determina que o táxi é um meio de transporte individual, isso significa que posso viajar com meu filho e minha mãe, mas não posso ir com um vizinho que mal conheço e rachar a conta? As pessoas consideram o uso de táxi um artigo de luxo. Não deveria ser. Qualquer forma de ocupar mais os carros que estão não rua certamente traria um impacto positivo no trânsito de São Paulo e na qualidade de vida do paulistano.
Milena Bizzarri (São Paulo, SP)
Segurança
Os índices de criminalidade refletem a política equivocada na gestão da segurança pública em São Paulo. Oxalá ventos de inteligência soprem no Palácio dos Bandeirantes para que o secretário Alexandre de Moraes invista pesadamente na Polícia Civil.
Ruyrillo Pedro de Magalhães (Campinas, SP)
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