Painel do Leitor
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Crise da água
Essa ideia de incluir no PAC as obras para minimizar a crise em SP me deixa ainda mais apreensivo ("Dilma acelera obra para transposição de águas para SP", "Cotidiano", 24/1). A seguir o exemplo da transposição do São Fancisco, ficaremos sem água, mas com muitas mentiras, corrupção e incompetência.
ANDRÉ LUIS DE OLIVEIRA COUTINHO (Campinas, SP)
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Por mais que o governador de SP e a presidente ensejem razões às criticas de Vinicius Mota ("A grande farsa", "Opinião", 26/1), não lhe cabe a deselegância de tachá-los de cínicos. Mas, a bem da verdade, o caderno "Cotidiano" de 12 de outubro de 2003 já alertava sobre a baixa oferta de água em SP, suficiente para atender à demanda só até 2010.
RICARDO MELLO (Goiânia, GO)
Eleição na Câmara
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudia a mera suposição, publicada em importante veículo de comunicação, de que alguém da cúpula da Polícia Federal tenha, a mando do governo, forjado gravação a fim de prejudicar uma das candidaturas à presidência da Câmara dos Deputados ("Cunha diz ter sido alertado de que PF forjou áudio contra ele", "Poder", 21/1). Para que não paire nenhuma dúvida acerca da tentativa de envolver uma séria e respeitada instituição, como a Polícia Federal, em disputas político-partidárias, os delegados federais manifestam o maior interesse na rápida apuração e elucidação dos fatos com punição dos eventuais responsáveis.
MARCOS LEÔNCIO RIBEIRO, presidente da ADPF (Brasília, DF)
Pena de morte
O leitor Rafael Alberti Cesa (Painel do Leitor, 26/1) comete um equívoco. Desde quando a esquerda critica a pena de morte? Quem a crítica é a moral cristã, solapada em todo regime comunista, que recorreu ao uso de pelotões de fuzilamento e a assassinatos em massa. Em casos contrários, é uma esquerda que apenas faz discursos vazios.
FABIO MARTINEZ SERRANO PUCCI, sociólogo (São Paulo, SP)
Cony
Sou, teoricamente, um dos imbecis que o distinto Cony cita na coluna "Não sabem o que fazem"("Opinião", 25/1), mas felizmente não tenho orgasmos diante do esfacelamento do mundo comunista. Apenas penso que o mundo fica melhor quando regimes representantes de uma ideologia que já matou mais de 120 milhões de pessoas se esfacelam.
SÉRGIO LUIZ LIMA CASTRO (Santos, SP)
Saúde
Com relação ao editorial "Deslizamento na saúde" ("Opinião", 26/1), a Prefeitura de São Paulo esclarece que esta gestão recebeu uma fila de mais de 810 mil atendimentos e exames, com crescimento anual de 23%. Em dois anos, a fila caiu para 620 mil. O tempo médio de espera, por exemplo, para um ultrassom caiu de 210 para 50 dias. Não dá para dizer que não houve uma melhora substancial. O prefeito Fernando Haddad tornou público em 2013 que o bloqueio judicial do reajuste do IPTU e o congelamento da tarifa de ônibus comprometeriam o cronograma do Programa de Metas. A frustração na arrecadação de R$ 2,5 bilhões é, sim, um fator relevante.
NUNZIO BRIGUGLIO FILHO, secretário de comunicação da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)
Liberdade de imprensa
Congratulo-me com o artigo "Liberdade de imprensa em perigo" (Tendências/Debates, 26/1). Tudo na sociedade deve ser discutido, exceto a liberdade de imprensa e a democracia. Foi tal liberdade que permitiu que a imprensa desempenhasse papel decisivo de combate ou discussão em momentos cruciais. É graças a ela que se denunciam os maiores escândalos.
YURI DE OLIVEIRA PEREIRA (Guarujá, SP)
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É o sonho dourado dos beneficiados por "mensalões", "petrolões" e"trensalões" roubar à vontade, sem o incômodo da opinião pública. Os adeptos de ditaduras também deliram só de pensar em censura dos meios de comunicação. Quem se sente prejudicado por alguma notícia que procure a Justiça, o caminho democrático.
NEI GRAVINA JOB, (Rio de Janeiro, RJ)
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A liberdade de imprensa implica que tenhamos que ler artigo desmedido de um advogado que, por má-fé, opção política ou ignorância, confunde propositadamente partido com governo, assacando vilipêndios próprios de intolerância democrática contra um partido de esquerda.
EDUARDO DALBOSCO, (Brasília, DF)
Fertilização
Cabe ressaltar, sobre a reportagem "Anticoagulante não ajuda a engravidar" ("Saúde+Ciência", 24/1) que há um grupo de mulheres chamadas de trombofílicas --com tendência aumentada para trombose no tratamento de fertilidade, pois utilizam drogas que elevam os níveis de estrogênio, que aceleram a coagulação. Não tratar essas pacientes é um erro médico. Porém, como a reportagem aponta, o uso indiscriminado de anticoagulante para todas as mulheres não se justifica.
RICARDO BARINI, professor de obstetrícia da FCM/Unicamp (Campinas, SP)