Painel do Leitor
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Marta Suplicy
A senadora Marta Suplicy critica a falta de transparência na condução econômica do atual governo ("O diretor sumiu", Tendências/Debates, 27/1). Estarrecida mais uma vez deve ter ficado a presidente Dilma, após as novas críticas. Transparência mesmo faltou à senadora nos anos em que ocupou cargos nos governos Lula-Dilma e, durante este período, jamais se manifestou como tem feito recentemente. A origem dos desajustes econômicos de agora são da época em que a senadora Marta Suplicy ocupava cargos executivos e vivia de elogios ao governo petista, inclusive com artigos nesta Folha.
FAUSTO FERES (São Paulo, SP)
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Excelente o artigo de Marta Suplicy. Não sou seu maior fã e tive que, por diversas vezes, voltar ao alto da página para ver o seu nome assinando o texto. Pensei que estava lendo alguém do PSDB falando do atual governo.
ADAUTO L. CARDOSO (Sorocaba, SP)
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A senhora Marta Suplicy parece ter absorvido a doutrina do deputado Eduardo Cunha. Atirar para todos os lados para atingir o governo e conseguir visibilidade. Ao atirar a esmo, uma bala perdida pode atingir um inocente.
JOÃO SARAIVA (João Pessoa, PB)
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Parabéns senadora pelo artigo claro, real, transparente. A verdade dói, porém, este seu artigo retrata tão somente a verdade. Fico feliz que alguém com a sua história no PT tenha a coragem de assim se posicionar, cobrando atitudes transparentes da presidenta, que lamentavelmente enganou o povo brasileiro com o seu discurso eleitoreiro.
OSMAR JOSÉ VAILATTI (Penha, SC)
Pena de morte
Louváveis as opiniões dos senhores José Roberto Penteado e Pedro Abramovay (Painel do Leitor, 26/1), elogiando o editorial "Pena Medieval" ("Opinião", 24/1) e defendendo a abolição completa da pena capital em todo o mundo, bem como sugerindo que o assunto fosse debatido já nos bancos escolares. Ditas opiniões se coadunam com o princípio da humanização das penas. Só que, infelizmente, de nada vale a defesa de tais teses sem que se perscrute também o agonizante estado do sistema prisional brasileiro. A sociedade não se importa com isso.
AMELETO MASINI, professor de direito penal (São Paulo/SP)
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O sociólogo Fabio Martinez Serrano Pucci não entendeu nada e comete o erro de igualar as esquerdas dos partidos do ocidente com as ditaduras marxistas da China, da URSS e de Cuba, nas quais a pena de morte era muito utilizada para a eliminação de adversários (Painel do Leitor, 27/1). Em minha carta, eu me referi às esquerdas dos partidos políticos de democracias, como Brasil, França e outros, apoiadores dos direitos humanos.
RAFAEL ALBERTI CESA (Caxias do Sul, RS)
Segurança pública
No editorial "Recordes inseguros" ("Opinião", 27/1), a Folha questiona a política de segurança pública do governo do Estado. O texto considera o roubo como problema apenas paulista, quando se trata de um tema nacional, que demanda ações dos Estados, mas também medidas estruturais de ordem federal. Segundo o 8º "Anuário Brasileiro de Segurança Pública", de novembro, os roubos subiram em 22 Estados --em 17 a taxas superiores às de São Paulo. Medidas como a contratação de mais 13.460 policiais, a reestruturação dos trabalhos das polícias e a Lei dos Desmanches (que resultou na redução de roubos de veículos) estão sendo adotadas e já reverteram índices como latrocínios (queda de 16,7%, em dezembro) e roubos a banco (redução de 37%).
LUCAS TAVARES, diretor de Comunicação da Secretaria da Segurança Pública (São Paulo, SP)
Liberdade de expressão
Parabenizo Claudius Ceccon por seu sensato artigo "Novos desafios para 'Charlie'" (Tendências/Debates, 26/1). Defende a liberdade de expressão em contexto de defesa e promoção da universalização dos direitos fundamentais da humanidade, denunciando o etnocentrismo e a arrogância, contrariando o mau gosto do humor praticado por "Charlie", convocando para a reinvenção do humor em contexto verdadeiramente democrático.
CELITO MEIER (Belo Horizonte, MG)
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O leitor Eduardo Dalbosco afirma que "a liberdade de imprensa implica que tenhamos que ler artigo desmedido..." (Painel do Leitor, 26/1). Ele se esquece que a liberdade não nos obriga a ler as notícias, mas nos permite ler opiniões diversas sobre tudo.
MÍRIAM DOLABELLA (Belo Horizonte, MG)
Vladimir Safatle
Vladimir Safatle é engraçado. Quando uma agremiação de centro ou de direita vence um pleito, a vitória foi fruto da mídia opressora e da elite. Quando o triunfo é da esquerda, é uma festa da democracia e uma manifestação popular ("Luzes, enfim", "Opinião", 27/1). Interessante esse ponto de vista. Não sei se a Venezuela é governada pela banca internacional, mas parece que lá também falta luz e comida.
EDUARDO DA ROSA BORGES (Piracicaba, SP)
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Impecável o texto de Vladimir Safatle. Nele, junta razoabilidade, combate, um tom épico com toques de romantismo. Intelectuais são assim, trazem elementos novos que faltam à inteligência conservadora. E o locus é perfeito para um segundo Renascimento, em plena pós-modernidade.
JOÃO LUIZ NEVES (Curitiba, PR)
Ciclovias
Ando de bicicleta por São Paulo e fico estarrecida com o que vejo. Sou totalmente a favor de ciclovias para melhorar o trânsito, mas, da forma que está sendo feita, vejo que piorou. É preciso planejamento e que o prefeito saia de sua sala e fale com as pessoas.
CARLA GUIDINI SANTAGUITA (São Paulo, SP)