Painel do leitor
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Escândalo na Petrobras
O senhor José Sergio Gabrielli dá uma verdadeira aula de filologia ao minuciosamente detalhar o significado da palavra "falácia" ("O voto político do ministro José Jorge", Tendências/Debates, 30/1). As manobras contábeis mágicas e a distorção da verdade tornam-se a marca registrada da escola lulista.
Evandro Ursino da Cruz, engenheiro (Rosario, Argentina)
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Inacreditável a tentativa do senhor José Sergio Gabrielli em justificar a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. Suas colocações são inaceitáveis tanto quanto a sua permanência na presidência da empresa, assim como da sua sucessora. Um bando de incompetentes, corruptos e coniventes com os desmandos ocorridos nessa estatal.
Auro C. Oliveira (Salto Grande, SP)
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Não vejo surpresa nos olhos da presidente Dilma Rousseff em relação ao escândalo na Petrobras. Diante da situação dramática da empresa, é inadmissível que ela não tenha vindo a público demonstrar indignação, provocar demissões, prometer prisões, dizer-se enganada por gente vil. O que seria uma reação natural para qualquer brasileiro comum, torna-se calmaria nas evasivas presidenciais, nas quais sobejam resignação e mistério.
Ricardo C. Siqueira (Niterói, RJ)
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O Instituto de Defesa do Direito de Defesa repudia a veiculação do site lavajato.mpf.mp.br. Princípios caros à sociedade civilizada, como direito de defesa e presunção de inocência já vinham sendo achincalhados com o vazamento de informações sigilosas com acusações pendentes de comprovação. Agora, o Ministério Público Federal lança um panfleto onde trata fatos sub judice como verdades absolutas e divulga nomes de acusados como se sua culpa houvesse sido reconhecida definitivamente pela Justiça. Transformar persecução penal em peça publicitária é leviandade incompatível com a história do Ministério Público brasileiro.
Augusto de Arruda Botelho, presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (São Paulo, SP)
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Sobre o texto "Fábrica desiste de fazer máscara de Cerveró após ameaça de protesto" ("Poder", 30/1), pergunto: e o direito à liberdade de expressão? E por que vale para Nestor Cerveró e para Graça Foster não?
Aldo Portolano (São Paulo, SP)
Médicos reprovados
Não é crível que os ministérios da Saúde e da Educação não tenham nada a dizer em relação aos 55% de médicos recém-formados e reprovados em exame básico de qualificação do Conselho Regional de Medicina no Estado de São Paulo --o único a se preocupar com o assunto no Brasil ("Conselho vai fiscalizar médico reprovado", "Cotidiano", 30/1). Considerando somente as escolas particulares, a reprovação chegou a dois terços dos formados. A população tem de aguentar mais esse descalabro?
Ademir Valezi (São Paulo, SP)
Crise da água
A crise hídrica em São Paulo e que se espalha para outros Estados do Brasil é um reflexo da falta de gestão e planejamento dos nossos governantes. Mas é também uma oportunidade para que possamos repensar nosso relacionamento com a natureza. Conceitos como a sustentabilidade e a preservação ambiental estão atualmente esquecidos. O ser humano pensa somente em consumir e acumular bens materiais. É bem simbólico que esse fato aconteça no centro industrial e econômico do país.
Erivan Augusto Santana (Teixeira de Freitas, BA)
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A cada dia, mais uma piada pronta. Na reportagem "Advogado ganha na Justiça o direito de ter água o dia todo" ("Cotidiano", 30/1), a Sabesp informou, em nota, que vai recorrer da decisão judicial e afirma que "neste momento crítico, o interesse coletivo deve vir acima do interesse particular". E onde estava o interesse coletivo da companhia estadual nos últimos anos?
Erika Alfes (Embu das Artes, SP)
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Indecente o artigo "O apagão de fatos" (Tendências/Debates, 29/1), do subsecretário de Comunicação do governo do Estado de São Paulo, Marcio Aith, sobre a crise hídrica. Não houve nenhum esforço do governo em evitar o caos a que chegamos.
José Moacir de Lacerda Junior (São Paulo, SP)
Eleição na Câmara
Não poderia deixar de expressar meus sentimentos de confraternização a Luiz Fernando Vianna, pelo contundente artigo "Anais da política" ("Opinião", 30/1). Colocou o dedo na ferida pútrida do Congresso Nacional, coisa que poucos têm a coragem de fazer. Uma realidade infame tão comum que até parece fazer parte do regimento interno. Infelizmente, uma boa parte da culpa cabe aos eleitores que pouco se informam sobre os candidatos em quem pretendem votar.
Bento Coelho Marques de Abreu (São Paulo, SP)
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Enquanto amargamos a falta de água, previsão de apagões, aumentos em vários impostos, a classe política continua no seu mundo nababesco às nossas custas ("Candidatos defendem gasto extra de R$ 425 mi", "Poder", 29/1). Essa notícia tinha de vir em destaque na "Primeira Página". Não podemos permitir mais esse abuso. Estamos impotentes, à mercê desses mercenários?
Maria Helena Ferreira Batalha (São Paulo, SP)
Carnaval
Outrora o Carnaval tinha data certa para começar e terminar, limitando-se ao seu feriado ("Carnaval de rua em SP começa hoje com restrição de horário", "Cotidiano", 30/1). Será que precisamos de 30 dias de Carnaval? A população deveria sair às ruas para protestar contra a corrupção, os políticos, a Petrobras, a má administração pública, a falta de água. O povo tem mesmo os políticos e o país que merece.
Carmem Silva (Campinas, SP)