Painel do Leitor
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Petrolão
Analisando a condução de Aldemir Bendine à presidência da Petrobras, conclui-se que foi a única alternativa encontrada pelo governo ante a recusa de profissionais de mercado, reputados e qualificados, que poderiam mudar a imagem da empresa, injetando ânimo e otimismo ao mercado em geral.
CLAUDIO JUCHEM (São Paulo, SP)
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A indicação de Aldemir Bendine à presidência da Petrobras é um alívio para o povo brasileiro em meio às decisões ortodoxas e antipopulares que vêm marcando o segundo governo Dilma. Ao recusar-se a entregar o maior patrimônio do país aos interesses do rentismo, a presidenta garante a fundamental preservação do regime de partilha do pré-sal e a política industrial de conteúdo nacional, além de afirmar a soberania brasileira sobre a empresa.
JOÃO FALCÃO DIAS (São Paulo, SP)
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O governo demonstrou mais uma vez sua incapacidade gerencial. Teve toda a diretoria da principal estatal trocada em um processo de apenas três dias. Com a saída da Graça Foster, volto a ter esperança de que a empresa tome um rumo certo no mercado. Durante muito tempo, achei que os papéis da Petrobras eram confiáveis fontes de rendimentos. Após quedas seguidas, posso recuperar a confiança, assim como tantos brasileiros que perderam dinheiro investindo na empresa.
ALESSANDRO MARQUES DINAMARCO (São Paulo, SP)
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Propina de 1%, 2% ou 3% a políticos, partidos e diretores da Petrobras são insignificantes, no conjunto dos prejuízos registrados pela estatal. Os cartéis e o superfaturamento das empreiteiras são o cerne da corrupção.
ANTÔNIO BEETHOVEN CUNHA DE MELO (São Paulo, SP)
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Quando leio no Painel do Leitor felicitações à Folha por ter adotado o termo "petrolão" ou reclamos por ainda não utilizar o termo "trensalão", eu me indago: será que os respectivos adeptos desses partidos ainda têm estômago para defender os políticos que estão no poder? Reflito: é lastimável restar-nos apenas ficar ventilando qual partido é o mais ladrão. São todos farinha do mesmo saco, só pensam "naquilo" e o povo que se lasque.
EDUARDO JOSÉ DE OLIVEIRA (Sertãozinho, SP)
Mangabeira Unger
O texto "A volta do que não foi" ("Opinião", 5/2), de Bernardo Mello Franco, foi muito elucidativo ao apresentar a irrelevância da volta do filósofo de Harvard Roberto Mangabeira Unger para a Secretaria de Assuntos Estratégicos. O governo federal erra ao trazer um político que muda constantemente de partido, tem uma visão antipetista e já expressou opiniões que estão fora do contexto político e social brasileiro. Há no Brasil pessoas com projetos de relevância para a nação, porém o erro delas foi escolher o Brasil como moradia.
ISRAEL GONÇALVES, cientista político (Limeira, SP)
Crise da água
A falta de solidariedade dos paulistas, afirmada pelo secretário de Energia, João Carlos Meirelles ("Parte dos paulistas não tem 'espírito solidário', diz secretário de Alckmin", "Cotidiano", 6/2), contrasta com a benevolência desse mesmo povo, que reelegeu Alckmin, mesmo com todo o esforço do governador para esconder a crise hídrica pré-eleitoral. Sobra discurso e faltam ações nesse governo, que já usou além de seu volume morto do capital político para se manter na administração do Estado.
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)
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A USP informa que, durante a reunião de reitores e vice-reitores das universidades públicas instaladas no Estado de São Paulo para analisar a crise hídrica, promovida pela reitoria da Unifesp, não foi discutida a possibilidade de suspensão de aulas ou de pesquisas no âmbito das instituições ("Com rodízio, universidades ameaçam parar", "Cotidiano", 4/2). A nota conjunta assinada pelos dirigentes está disponível em www.usp.br/imprensa/?p=46522. A reitoria da USP se dissocia de qualquer outra manifestação sobre essa reunião.
ADRIANA CRUZ, assessora de imprensa da USP (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO JORNALISTA RICARDO GALLO - A possibilidade de suspensão de aulas, em caso de racionamento, foi mencionada depois da reunião, em entrevista coletiva.
Atrações infantis na TV
Sobre o texto "Saída é marco do final das atrações infantis na TV aberta" ("Ilustrada", 4/2), o SBT esclarece, sobretudo aos milhões de crianças e jovens que acompanham sua programação e aos anunciantes e parceiros de licenciamento, que continuamos a ter o conteúdo de maior sucesso voltado ao público infantil e infantojuvenil da TV aberta brasileira, como a novela "Chiquititas", o "Bom Dia &Cia" e o "Sábado Animado", entre outros. Nossa audiência, em número absoluto de telespectadores, é o triplo da soma da audiência dos canais especializados da TV paga e superior à das demais emissoras de TV aberta.
MAISA ALVES, gerente de Comunicação do SBT (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO JORNALISTA NELSON DE SÁ - Como afirma a análise, trata-se de um símbolo para o fim dos programas infantis na TV aberta, que enfrentam "extinção gradual", com "exceções".
Grafite em São Paulo
É um absurdo e profundamente lamentável a iniciativa da prefeitura de permitir que a grafitagem altere o cenário arquitetônico dos arcos do acesso para a avenida 23 de Maio. A nossa cidade sofre diariamente modificações de estilo, o que demonstra a sua diversificação e aceitação do novo e moderno, porém não preserva sua memória --no caso dos arcos, de um estilo arquitetônico das primeiras décadas do século passado. Creio que o poder municipal poderia direcionar os artista do grafite a locais menos emblemáticos e de maior necessidade de revitalização urbana.
HÉLIO PILNIK (São Paulo, SP)