Painel do Leitor
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Corrupção
Demorou, mas enfim a corte italiana agiu de forma justa e correta no combate à corrupção e à impunidade. Criminosos como Pizzolato devem pagar pelos seus crimes, que lesaram toda a sociedade brasileira, e não podem ficar impunes.
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)
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A frase final da coluna "Traído de novo?" ("Opinião", 12/2), demonstra toda a filosofia petista. O jornalista Rogério Gentile questiona se Delúbio Soares, tesoureiro do PT no mensalão, é aplaudido de pé nas reuniões do PT por ter feito aquilo de que foi acusado ou se por ter ficado calado na cadeia. Creio que o aplauso seja pelas duas supostas virtudes.
JAMES AKEL (São Paulo, SP)
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O leitor Cláudio Moschella (Painel do Leitor, 12/2) afirma que os escândalos na Petrobras tiveram início no governo Lula. No "Painel", Vera Magalhães informa que o delator Augusto Mendonça declara que os desvios da Petrobras começaram no governo FHC. Por que não se faz uma investigação isenta para esclarecer quando realmente foi o início?
JALSON DE ARAÚJO ABREU (São Paulo, SP)
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É por isso que mesmo os bons se animam a se tornarem maus: impunidade. Até mesmo o governador Alckmin elogia a absolvição de pessoas envolvidas com pagamento de propina em seu governo ("Alckmin elogia o STF por arquivar caso sobre cartel", "Poder", 12/1).
SÉRGIO EDUARDO MAURER (Taubaté, SP)
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Os dois ex-secretários de São Paulo que foram acusados por um ex-diretor da Siemens de participação num suposto pagamento de propinas em obras do Metrô e da CPTM, o chamado "trensalão", foram absolvidos pelo STF. Vale a comparação: a delação premiada não deve condenar sem o direito de defesa nem ser usada com conotação político-partidária, como na Operação Lava Jato.
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)
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Assim como o promotor de justiça Roberto Porto ("Nova forma de lutar contra a corrupção", Tendências/Debates, 12/2), também não aguentamos mais a corrupção em nosso país. Porém, quando precisamos que o Ministério Público aja de maneira independente, ele fica a dever. O exemplo mais claro é o do cartel do Metrô e dos trens de São Paulo.
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
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Excelente o texto do promotor. Relembra bem os dispostos na declaração final do 4º Fórum Global de Combate à Corrupção, de que a corrupção impõe "ameaças à democracia, ao crescimento econômico e ao Estado de Direito". Assim, se já há uma ampla expectativa de punições às pessoas físicas, por que não estendê-las às pessoas jurídicas? Se queremos de fato acabar com a corrupção, a Justiça tem que usar todas as suas armas. Mas, para que isso aconteça, precisará se fortalecer.
JURCY QUERIDO MOREIRA (Guaratinguetá, SP)
Crise da água
Vergonhoso o artigo de Benedito Braga "Mudança de paradigma e segurança hídrica" (Tendências/Debates, 11/2). Como cidadã, eu me sinto cada dia mais desrespeitada com a forma como o governo estadual lida com a crise hídrica. Até agora não houve um só discurso sincero em relação ao tema ou qualquer assunção de responsabilidade. Tentam transformar a crise em slogan de campanha. Se toda crise representa uma oportunidade para inovar e mudar paradigmas, sugiro que os governantes iniciem um diálogo sem dissimulações com a população.
ISADORA POCI (São Paulo, SP)
Polícia Militar
Sobre a carta da leitora Heloísa Fernandes (Painel do Leitor, 12/2), a Secretaria da Segurança Pública esclarece que a reintegração de posse realizada em um terreno privado invadido em Guarulhos foi determinada pelo Poder Judiciário. A Polícia Militar, como sempre em casos semelhantes, foi requisitada para garantir a segurança dos oficiais de justiça e das demais pessoas envolvidas na execução da ordem judicial. Lamentavelmente, a PM teve que usar de força moderada --e não de violência intencional ou gratuita, como sugere a leitora--para conter tumulto provocado por uma minoria que agrediu os policiais a pedradas.
LUCAS TAVARES, diretor-executivo de Comunicação Social da Secretaria da Segurança Pública do Estado (São Paulo, SP)
Oriente Médio
Enquanto os pashmerga, milicianos curdos, defendem com seu sangue e coragem o mundo livre dos terroristas do Estado Islâmico ("A 200 m do terror", "Mundo", 12/2) sem apoio financeiro ou militar de nenhum país, os palestinos atacam civis israelenses e contam com apoio político mundial. Os curdos merecem um país. Os palestinos já o têm: a Jordânia.
ZALMAN GIFT (São Paulo, SP)
Saúde
Em respeito à reportagem "Estudos médicos questionam banalização de cirurgia facial" ("Saúde", 3/2), a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) esclarece que a apneia obstrutiva do sono é uma doença prevalente e que aumenta o risco para doenças cardiovasculares. Dentre os possíveis tratamentos, a cirurgia esquelética da face, diferentemente do citado na reportagem, apresenta altas taxas de sucesso na literatura mundial, quando indicada e realizada de forma correta. Atualmente, no Brasil, existem médicos que atuam em medicina do sono, com treinamento especializado para o manejo desses pacientes.
ADRIANA SANTOS, assessora de Comunicação da ABORL-CCF (São Paulo, SP)
RESPOSTA DA JORNALISTA CLÁUDIA COLLUCCI - Revisão da Cochrane (rede de cientistas independentes que avalia a efetividade de tratamentos) diz que faltam estudos que comprovem que a cirurgia seja a melhor solução para casos de apneia do sono. Por isso, a diretriz americana só a recomenda em casos graves, conforme consta na reportagem.