Painel do Leitor
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Câmara
Acusar Eduardo Cunha de avançar o sinal e impor uma pauta ultraconservadora ("O galo canta", "Opinião", 14/2) só pode vir de alguém que defenda o ponto de vista liberal. Se a maioria é contra o aborto, o presidente da Câmara representa a vontade da maioria do povo brasileiro. Estou em minoria. Nem por isso eu parto para o ataque contra o presidente da Câmara dos deputados.
LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)
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O fato de parlamentares se darem conta de que estar sob jugo de um Executivo "abaixo de qualquer suspeita" equivale a sepultar a democracia parece não agradar a muitos de seus defensores. Seria porque Eduardo Cunha nada contra o senso comum? Cunha é cristão. Só por isso, já sofrerá mais ataques do que se fosse o mentor da corrupção que assola o Brasil. Enfim, o galo canta! Esperamos que anuncie o amanhecer de um novo dia após tão longa noite.
PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS, sociólogo (Campinas, SP)
Emenda parlamentar
Um dos pilares do Estado moderno é a sua divisão em três poderes. Por esse princípio, o Legislativo legisla, o Executivo executa e o Judiciário julga --simples assim. Não faz sentido, portanto, distribuir dinheiro aos parlamentares ("Liberação de verba para congressistas será obrigatória", "Poder", 11/2) para que invadam as competências do Executivo promovendo obras que visam satisfazer seus interesses pessoais. Todos sabemos que, para além de servir de moeda de troca nas barganhas com o governo, esses recursos são utilizados para reforçar campanhas para a reeleição e perpetuação nos cargos, para não mencionar outras finalidades menos respeitáveis.
FERNANDO PACINI, economista (São Paulo, SP)
Petrolão
Quando o colunista Carlos Heitor Cony ("Impeachment", "Opinião", 10/2), com toda experiência de vida e conhecimento, afirma em seu artigo " sinceramente acho que a Presidente Dilma não sabia do desvio da Petrobras", discordo plenamente. Com toda a sabedoria e capacidade administrativa que julga possuir, nunca indagou na campanha de sua reeleição de onde vinha tanto dinheiro?
MELCHIOR MOSER (Timbó, SC)
Educação
Sobre o texto de Ronaldo Lemos ("Aprender a aprender", Tec, 10/2), discordo quando ele diz "o aprendizado tornou-se mais importante que a educação". E o papel do professor? Ele não é mais a figura solitária detentora do conhecimento, mas a compartilhadora de ideias. É quem educa, estimula o aluno a pensar, o responsável pelo desenvolvimento do raciocínio científico. Insubstituível na capacidade de formar inteligência e conhecimento. Somos todos capazes de aprender, mas nem todos desenvolvem o pensar, formular ideias. A educação ainda está acima do aprendizado, pois a partir dela pode-se fazer avanços que mudam o mundo.
ALESSANDRA L. CECCHINI, professora de patologia geral, UEL (Londrina, PR)
Seguro-desemprego
Parabéns por abordar o tema (Tendências/Debates, 14/2). Mudar as regras do jogo agora é retrocesso. A presidente disse que não reduziria os direitos dos trabalhadores "nem que a vaca tussa". Como justificar agora essa "trairagem" do governo"? O presidente da Fecomerciários esta correto em sua abordagem em defesa dos trabalhadores.
ROBERTO SOUZA, jornalista (São Paulo, SP)
HSBC
Por que o jornal ainda não investigou os 8.000 brasileiros que sonegaram bilhões de dólares em contas secretas na filial suíça do HSBC? Aposto que não tem nenhum grande do PT envolvido senão já estaria nas manchetes. Os R$ 20 bilhões sonegados seriam suficientes para Dilma não mexer nos direitos trabalhistas.
PAULO HASE (Araci, BA)
Arcos do Jânio
A agressão aos chamados "arcos do Jânio" é uma grave ofensa à lei pelo prefeito Haddad (PT). Os arcos são uma unidade estrutural única, incluídos seus muros. Imóveis tombados não podem ter alteradas esquadrias, paredes ou pintura, a não ser, neste caso, renová-las com material semelhante. Da mesma forma, esconder com grafites duvidosos sua aparência original e que deu margem ao tombamento é um desrespeito tanto à lei como ao povo paulista.
MOISÉS SPIGUEL (São Paulo, SP)
Serra da Capivara
Empresas não se interessam em realizar doações financeiras a parques geológicos, pois não correspondem a contratos fraudulentos e superfaturados. Infelizmente, como mencionado ao Fumdhan do Parque da Serra da Capivara (PI) ( "Piauí teria abrigado homens há 20 mil anos", "Ciência+Saúde", 12/2), essas regiões são obrigadas a fechar seus portões e cessar as investigações da nossa história, à custa do desmazelo governista.
HENRIQUE PASSOLONGO PARANÁ, advogado (Cianorte, PR)
Televisão
Em sua coluna, Mauricio Stycer ("Muito barulho por pouco", "Ilustrada", 8/2) afirma que "Felizes para Sempre?" não passou de um amontoado de clichês. Clichês seriam se todos os personagens tivessem uma vidinha monótona e previsível romantizada. Já existem filmes, novelas e literatura suficientes com finais felizes ou pouco críveis. A minissérie está de parabéns por mostrar o que há detrás das aparências mostradas em redes sociais e conversas superficiais. Que sirva para refletirmos sobre nossas escolhas.
MARCIO PINTO, psicólogo e advogado (Recife, PE)