Painel do Leitor
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Petrobras
Chocante a foto da "Primeira Página" (25/2) de petistas agredindo um homem de cabelos brancos. Depois de grandes feitos na Petrobras nos governos petistas, Lula participa de ato em defesa da empresa ("Dilma precisa erguer a cabeça e dizer 'eu ganhei', afirma Lula", "Poder", 25/2). Seria a truculência à la Venezuela um recado aos que pretendem sair às ruas?
Paulo T. J. Santos (São Paulo, SP)
A foto da briga entre militantes petistas e reacionários a favor do impeachment demonstra a parcialidade política do jornal. É campanha descarada a favor de um sectarismo partidário instigado pela grande imprensa em geral. É fácil manipular fotos de brigas e não mostrar que houve agressão dos dois lados. O jornal prefere mostrar só um lado e fica clara a intenção de criar um clima hostil e de confronto.
João Humberto Venturini (Piracicaba, SP)
Não sei ao certo se compreendi a declaração "deixemos a Petrobras em paz", de Luis Pinguelli Rosa, diretor da Coppe-UFRJ. Será que a situação da empresa não decorre justamente dessa "paz", por não ter havido quem questionasse a viabilidade e os custos de tantos projetos desastrados?
Walmir dos Santos (Franca, SP)
Crise da água
Sobre o martírio vivido em São Paulo pela escassez de água, espanta-me o fato de que o governo do Estado não tenha ainda dito uma palavra sobre o reflorestamento das cercanias das bacias de captação do sistema Cantareira. Sem área verde para proteger os mananciais, não há como preservá-los. E, agora, o prefeito de São Paulo quer construir casas populares em áreas de nascentes da represa Billings ("Justiça barra casas em áreas de nascentes", "Cotidiano", 24/2). É surreal. Bendita Justiça, que barrou essa insensatez.
Luiza Nagib Eluf, advogada e presidente do Instituto de Águas do Brasil - INAGUAS (São Paulo, SP)
Textos sobre a água e as formas como lidamos com ela estão na categoria do "é sempre bom lembrar". Em "Nada cai do céu" (Tendências/Debates, 25/2), o meteorologista Carlos Magno faz justamente isso, uma vez que traça um retrospecto recente da questão da água e termina, mais uma vez, alertando "nossas autoridades" sobre o grave problema.
Luís César Schiavetto, professor (Poços de Caldas, MG)
Metrô
Em relação à resposta de Raquel Rolnik (Painel do Leitor, 25/2), a colunista insiste em demonstrar desconhecimento das condições contratuais firmadas entre o poder público e a concessionária ViaQuatro, que opera a Linha 4 do Metrô. Não existe remuneração adicional, muito menos subsídio, em caso de atraso na abertura das estações. A concessionária recebe o valor correspondente à quantidade de passageiros efetivamente transportados multiplicada pela tarifa prevista no contrato.
Adele Claudia Nabhan, chefe do departamento de imprensa do Metrô SP (São Paulo, SP)
Legislativo
O editorial "Desperdício estadual" ("Opinião", 25/2) traz revelações assustadoras sobre o Poder Legislativo no Brasil. Fico envergonhado de saber que, em São Paulo, cada um dos nossos 94 deputados consome cerca de R$ 10 milhões por ano. É uma imoralidade, especialmente nestes tempos difíceis, que precisa ser combatida com veemência pelo povo.
Alfredo Sternheim, cineasta (São Paulo, SP)
Vizinhança
Anna Veronica Mautner, sem idade divulgada, parou no tempo --pelo menos no que se refere à vida nas metrópoles ("O ninho onde o hoje nasceu", Tendências/Debates, 25/2). Não tenho orgulho de dizer que mal conheço meus vizinhos, mas tampouco tenho interesse em conhecer pessoas com quem divido, por acaso, parte de meu endereço. Mal tenho tempo para encontrar pessoalmente aqueles que amo, com quem tenho afinidades, mas a internet permite que eu tenha contato com elas --quem sabe, no horário em que outras se sentam em frente ao portão para conversar amenidades. Antigamente, mantinha-se melhor relação com vizinhos que com parentes distantes, pois cartas demoravam e telefonemas eram muito custosos. A relação entre as pessoas mudou e continuará mudando.
Elcio Cabral Melo (Osasco, SP)
Belíssimo o artigo da psicanalista Anna Veronica Mautner sobre relacionamento entre vizinhos. Questiona que "diabo de orgulho é esse" e "como isso foi dar nesses bairros modernos em que cada um é de um jeito e ninguém se parece com ninguém". Arrisco uma resposta extraída das palavras dela: acabou-se o respeito, acabou-se a elegância.
José Carlos Júnior, jornalista (Taubaté, SP)
Aborto
As pessoas da área jurídica não entenderam que o colega médico que atendeu à paciente não estudou deontologia médica, a qual instrui que só se deve comunicar à autoridade policial quando a paciente se encontra em iminência de morte em virtude do ato autoinfligido. E, quando a paciente é menor, deve-se comunicar o fato aos pais ou responsável.
Sergio R. S. Bautzer dos Santos, médico (Barra Bonita, SP)
Vigilância sanitária
Sobre "O queijo é nosso" ("Mercado", 15/2), informo que o laticínio Grupiara [da família de Ariano Suassuna] não atendia aos requisitos sanitários necessários para obter o registro no órgão de inspeção de produtos de origem animal estadual, como noticiado pela imprensa local.
Inácio José Clementino, médico veterinário (João Pessoa, PB)
RESPOSTA DA JORNALISTA JOANA CUNHA - Procurado desde 12/1, o governo da Paraíba não respondeu a reportagem. O texto se refere aos documentos da secretaria que recusam as denominações brasileiras do produto, os quais não mencionam pendências sanitárias.
Humor
Constato, em tiras e charges do jornal, maior presença do "humor a favor". É o fim... do humor.
José Arnaldo Favaretto (Ribeirão Preto, SP)