Painel do leitor
A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
-
Bresser-Pereira
Não concordo com Luiz Carlos Bresser-Pereira quando diz que os ricos nutrem ódio ao PT por ele defender os pobres ("Poder", 1/3). Se há algum ódio, o que considero um exagero (acho que é muito mais uma crítica), é porque o governo petista aparelhou as instituições com uma militância incompetente e corrupta, privatizou a Petrobras para o PT e fez grandes obras sociais sem nenhum controle, como o Bolsa Família e o Pronatec. Este último é um projeto de grande importância, mas sua execução é um desastre: em cada turma de 50 alunos só se formam cinco ou seis.
Marcia de Mendonça Jorge (Belo Horizonte, MG)
-
Parabéns ao ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira pelo seu livro e a Eleonora de Lucena pela entrevista ("Poder", 1/3).
José Maria Pacheco de Souza (São Paulo, SP)
-
O ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira pensa que o país é composto de desmemoriados. Ele diz: "Falar em taxa alta para controlar inflação não tem sentido". Para ele ter sentido é largar o Brasil com uma inflação de 363,412% ao ano, que foi a inflação deixada por ele nos oito meses em que esteve à frente do Ministério da Fazenda, em 1987.
José Ronaldo Curi (São Paulo, SP)
STF
Considero muito importantes as manifestações de ministros e ex-ministros do STF sobre a demora da presidente Dilma Rousseff para indicar o 11º integrante da Corte ("Poder", 1/3). Mas considero também oportuno que os ministros cobrem os colegas que descumprem prazos dos pedidos de vista sem qualquer razão.
Celso Gualtieri (Belo Horizonte, MG)
-
Ex-ministros criticam a demora da presidente para preencher uma vaga. Ora, mais nefastos são os pedidos de vista intermináveis, que adiam de forma maliciosa julgamentos decisivos para a nação. No momento, Gilmar Mendes adia seu voto na ação sobre o financiamento eleitoral por parte das empresas, embora esta já esteja decidida por 6 votos a 0.
Antônio Beethoven Cunha de Melo (São Paulo, SP)
-
Totalmente descabidas as críticas de atuais e ex-ministros do STF à presidente Dilma pela demora em nomear o substituto ao ex-ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou precocemente. Se ela tivesse nomeado o substituto antes das eleições, estas mesmas vozes teriam-na criticado pelo fato de nomear um juiz ao final de seu mandato. Agora, com a necessidade de montar um novo gabinete e resolver problemas urgentes do país, é cobrada por não ter apresentado o substituto!
Aik Eskinazi (São Paulo, SP)
Teatro
No sábado (27/2) fui ao Sesc assistir à peça "Puzzle", de Felipe Hirsch, que estava presente --e falou à plateia antes de começar. Com o passar do tempo algumas pessoas começaram a deixar o teatro antes do fim da peça, enquanto o diretor permanecia sentado, na primeira fileira. Foi uma das piores peças que vi nos últimos tempos. Eu gostava do Felipe na época de "Avenida Dropsie".
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)
Lista
Paira algo estranho no ar. Meu palpite é que a lista do procurador-geral Rodrigo Janot será um tremendo parto da montanha.
Joaquim Quintino Filho (Pirassununga, SP)
Tributos
Discordo do leitor Humberto Schuwartz Soares (Painel do Leitor, 1/3) quando este pede aumento dos tributos sobre a indústria automobilística para melhorar a mobilidade. Isso requer a implantação de corredores de ônibus e de ciclovias, com a restrição ao uso do carro com o pedágio urbano. Deve-se restringir só o uso do carro na cidades e nunca sua produção e venda, dada sua relevância para gerar empregos e renda.
Darcio de Souza (São Paulo, SP)
Paraná
Se o governador Beto Richa (PSDB) tivesse controlado os gastos ("Poder", 1/3), o Paraná não teria essa onda enorme de protestos de servidores nas ruas!
Célio Borba (Curitiba, PR)
Paulo Betti
Não tenho nem palavras para descrever quão linda foi a coluna Mônica Bergamo de ontem ("Ilustrada", 1/3)! Não sou uma fã de Paulo Betti, embora admire muito o seu trabalho. Ao ler as notinhas me identifiquei muito com as lembranças e, apesar de nova, tenho recordações muito parecidas com as dele. Parabéns!
Monalise Nogueira (São Paulo, SP)
Zumbis
Gostaria de parabenizar a Redação por abordar o tema dos zumbis ("Ilustríssima", 1/3). É um fenômeno cultural intenso nas últimas décadas. Nos Estados Unidos existem lojas e indústrias que trabalham só com o segmento "zoombie": vendem de souvenirs e brinquedos a armamentos antizumbis e kits de sobrevivência. Concordo com a reflexão de que há um significado cultural no fenômeno. Gostaria só de ressaltar que o modelo atual dos zumbis em hordas que causam o fim dos tempos foi introduzido pela Capcom no seu maior sucesso em games: "Biohazard/Resident Evil". Quem abriu as portas para "The Walking Dead" foi "Resident Evil". Mais uma vez, parabéns.
João Paulo Toiansk, neurologista (São Luís de Montes Belos, GO)
Rio
O Rio chega aos 450 anos de fundação. Sinceramente, não sei o que há para comemorar, a não ser as belezas naturais e a hospitalidade, a irreverência, o calor humano e a alegria do carioca.
Milton Corrêa da Costa (Rio de Janeiro, RJ)
Restaurantes
É duro tratar de um tema gastronômico com tanta turbulência social no Brasil, porém... Por razões de trabalho, já jantei em mais de 20 países diferentes. Por isso pergunto aos jornalistas da Folha de onde tiram tanta badalação pelo restaurante D.O.M. e por seu chef Alex Atala. Jantei lá com minha senhora e achei a comida sem graça e sem sabor. Não tive muita escolha, porque o cardápio é fixo. Pura fanfarronice: trocaram os talheres e a louça 12 vezes, sempre com o blá-blá-blá dos garçons enumerando as exóticas especiarias. Fui lá sem saber o custo. Paguei R$ 1.028,00 (sem vinho) em um país onde milhões de brasileiros ganham R$ 788,00 por um mês de trabalho duro.
Daniel Cherniavsky (São Paulo, SP)