Painel do Leitor
A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha
-
Desgaste do governo
A manchete "Alvo da Lava Jato, Renan retalia e derrota governo no ajuste fiscal" ("Primeira Página", 4/3) termina com a seguinte frase: "Após retaliar o governo, Renan foi aplaudido no plenário pela oposição". Espero que os aplausos tenham sido direcionados ao governo, e não ao senador. O Planalto agiu com acerto ao recusar-lhe ajuda. Os líderes da oposição têm a oportunidade de corroborar essa minha hipótese com o que ganhariam o respeito dos brasileiros e, quem sabe, os nossos votos.
José Paulo Morelli (Jaú, SP)
Que mesquinhez de Renan Calheiros, que chantageia o ajuste fiscal necessário ao país em nome de interesses pessoais ("Alvo de investigação, Renan freia ajuste fiscal no Senado", "Poder", 4/3). Também surpreende o aplauso da oposição que até outro dia apoiava as medidas propostas por Levy. Essa guerra insana entre PT e PSDB ainda levará o Brasil ao fundo do poço.
Lica Cintra (São Paulo, SP)
Dilma está pagando o preço de sua intransigência. Ela não se comunica com o Congresso e acha que, no frigir dos ovos, tudo sairá conforme sua vontade. Ela precisa de aulas de democracia.
Arlete Cristina Gamas (São Paulo, SP)
Muito estranha a encenação de Renan e Aécio. No mínimo, soa como procura de espaços diante da crise. Grandes doses de oportunismo e insensibilidade para saírem bem na fita. Os cumprimentos dos dois demonstram um grande imbróglio político.
José Orlando de Siqueira (Passos, MG)
Encrencado com a Lava Jato, Renan Calheiros sabota o caminho do ajuste fiscal, que é necessário, para tentar salvar a própria pele. Não é apenas o governo Dilma que ele chantageia, é o Brasil.
Márcia Meireles (São Paulo, SP)
Estamos vivendo um momento crítico na história política do Brasil. Se de um lado temos um governo fraco em sua base de sustentação, do outro lado existe uma horda de políticos corruptos e sem escrúpulos que não medem as consequências de seus atos quando o que lhes interessa é derrubar o governo pressionando a presidenta para que renuncie ou pedindo o seu impeachment. A população precisa dizer não a esses políticos, que só pensam em se beneficiar do poder, aprovando privilégios imorais com a certeza de que o povo nada fará para enfrentar a desordem que se estabelece no Congresso.
José Jamacy de Almeida Ferreira, professor associado da UFPB (João Pessoa, PB)
Câmara
Acho que o auxílio-moradia que alguns deputados recebem é uma falta de respeito com os trabalhadores brasileiros. Os membros da Mesa da Câmara ainda queriam o absurdo auxílio-viagem para os cônjuges. O que eles fazem com o salário? É para essas despesas, entre outras, que gastamos nosso salário. Ninguém é obrigado a ser deputado. Quem acha que ganha pouco deveria procurar outra atividade.
Jaime Florencio Martins, professor universitário (Ouro Preto, MG)
Sobre a "bolsa-esposa", um fato positivo na política, que vai na contramão da realidade atual, é que um erro vai ser corrigido ("Câmara desiste de pagar passagens para cônjuges de deputados", "Poder", 3/3). A alegria de ver a indignação da população ser respeitada depois das fortes críticas às benesses dadas aos cônjuges dos parlamentares nos estimula a participar mais da vida política. Tomara que outros Poderes, principalmente o Executivo, tirem lições do ocorrido e saibam voltar atrás de decisões que nos ofendem.
Ewerton Almeida (Salvador, BA)
Festa do álcool
Não é de hoje que gosto das opiniões de Hélio Schwartsman. "A cultura do bode" ("Opinião", 3/3) elucida maravilhosamente o caso do jovem que morreu numa espécie de competição de bebidas. Também acrescento à discussão que existe, sim, uma "cultura do álcool" no interior paulista, que poderia ser repensada.
Mariana Castanheira Grimaldi (São Paulo, SP)
"Feminicídio"
Crime hediondo para o homicídio de mulher é uma lei justa ("Câmara aprova 'feminicídio' como agravante para morte", "Cotidiano", 4/3) para proteger a mais divina de todas as criações de Deus. Para ateus ou agnósticos, digamos que não há na natureza humana nada mais bonito.
Arcangelo Sforcin Filho (São Paulo, SP)
Violência policial
O artigo "Falsidade maravilhosa" ("Opinião", 2/3), de Luiz Fernando Vianna, demonstrou a crua realidade da sociedade do espetáculo na qual vivemos. Os novos capitães do mato atiram primeiro e perguntam depois, como se nem todos tivessem o direito de ir e vir. Apesar de se originarem também das classes populares, constituem-se no braço armado daqueles que os tratam como bucha de canhão. Sempre foi assim e assim sempre será.
maurin Almeida Falcão (Brasília, DF)
Parabéns ao colunista pela lúcida análise da situação da violência policial no Rio de Janeiro.
Maria da Conceição Silva (Rio de Janeiro, RJ)