Painel do leitor
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Petrolão
FHC revela total desconhecimento de como se processa o desenvolvimento humano ("Corrupção na Petrobras é 'quase um bebê', diz FHC", "Poder", 21/3). Após a comprovação advinda da delação da Setal de que a corrupção na Petrobras remonta ao final dos anos 90 ("Acordo com Cade aumenta pressão sobre empreiteiras", "Poder", 21/3), o "bebê", desmamado há muito, já tem pelo menos 18 anos! Ainda mais se rememorarmos o episódio da tramitação no Congresso que possibilitou sua reeleição.
Luiz Philippe da Costa Fernandes (Rio de Janeiro, RJ)
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É compreensível que os ignóbeis espertalhões do PT e estertores da República justifiquem e defendam os atos vis e mentirosos praticados em detrimento do povo, uma vez que são beneficiários diretos do esquema. Já a defesa sustentada por aqueles que carregam apenas a paixão cega de um sonho covardemente vilipendiado pelos caciques do partido é demonstração de lamentável alienação para com a realidade fática, rebaixando a séria discussão política a uma mera justificativa futebolística.
Ricardo Alexandre de Moura Costa (Sacramento, MG)
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Fundo partidário
Ao aumentar o fundo partidário ("Arroubo orçamentário", "Opinião", 21/3), pago por nós nesse arrocho, nossos políticos acabam de dar escancaradamente mais um excelente exemplo de como se legisla em causa própria neste nosso Brasil.
Luiz Antonio Ribeiro Pinto (Ribeirão Preto, SP)
Pasquale Cipro Neto
É, o professor Pasquale parece já ter ensinado tudo o que sabe de concordância verbal e nominal --sua especialização-- e ensaia outros voos. Como analista político, está mais para um títere do tucanato do que para cientista social. Recentemente, culpou Dilma por não dar fim aos trotes nas universidades. Agora, com a profecia digna de um Nostradamus, dá como natimorto o governo Dilma ("Machado, Collor, Dilma....", "Cotidiano", 19/3). Deveria voltar a lecionar, pois fez fama como alfabetizador. Como sociólogo, fará lama.
Felipe de Moura Lima (Amparo, SP)
Cartel de trens
"Justiça inicia ação contra cartel de trens em São Paulo" ("Poder", 21/3) não deveria ser a manchete? Ou só se os incriminados fossem do PT? Defendo a cadeia para corruptos e corruptores com devolução do dinheiro roubado, sem distinção de partido político.
José Carlos Ferreira dos Passos (São Paulo, SP)
Cinegrafista da Band
Ninguém nega a tragédia que representou a morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade ("Acusados pela morte de cinegrafista serão soltos", "Poder", 19/3). Mas a Justiça não poderia se deixar levar pela implacável perseguição da emissora para que os rapazes sejam punidos como frios assassinos. Com bom senso, a Justiça do Rio decidiu que os responsáveis não agiram com dolo, que não tiveram intenção de matar. Não podemos aceitar que a mídia tipifique crime.
Alvaro Abrantes Cerqueira (Muriaé, MG)
Mais Médicos
Uma das maiores perversidades da escravidão, revogada há quase 127 anos, foi separar as famílias. As autoridades brasileiras fingem fechar os olhos perante as barbaridades que a ditadura cubana perpetra em território nacional. Os médicos cubanos do programa Mais Médicos arriscam-se a ser deportados, perderem seus diplomas e sofrer outras pesadas sanções por querer morar com seus filhos e entes queridos ("Cuba ameaça cassar diploma de médico com parentes no Brasil", "Cotidiano", 21/3). Compactuar com esta aberração envergonha nosso país.
Luigi Petti (São Paulo, SP)
Trotes universitários
Desde os primórdios da humanidade, os mais velhos e sábios das comunidades exercem influência sobre os novos ingressantes. Na universidade, o feudo estudantil pertence aos veteranos que vão impor seus domínios aos calouros, que por sua vez irão tornar-se veteranos e o ciclo continua. Grande parte dos calouros entregam-se aos rituais do trote e se sentiriam desprestigiados se isso não ocorresse ("Trote nas universidades deve ser proibido?", Tendências/Debates, 21/3). Acho-o dispensável, mas ele faz parte da iniciação universitária. O que se deve evitar são os abusos que beiram a insanidade e criminalidade.
Francisco Manoel de Souza Braga (Rio Claro, SP)
Agronegócio
A primeira coluna de Marcos Sawaya Jank ("O que o mundo espera do agronegócio", "Mercado 2", 21/3) é impactante, discutindo as potencialidades das cadeias produtivas da agropecuária brasileira. Didática, deveria ser disseminada e divulgada para discussão em salas de aula de faculdades de ciências agrárias e sociais aplicadas, bem como em organizações de cadeias produtivas da agricultura e do agronegócio. O Brasil pode atender com relativa facilidade os "quatro grandes vetores que puxam a demanda do agronegócio no mundo".
Evaristo Marzabal Neves* professor da Esalq-USP (Piracicaba, SP)
Urbanismo
Na praça Pedro Lessa, no centro, conhecida como praça do correio, existia uma enorme fonte, que há algum tempo foi desativada pela prefeitura. Agora, quando chove, há o acúmulo de água, o que a transforma num criadouro de mosquitos. A prefeitura tem colocado veneno na fonte, o que além de não resolver o problema, está matando os pombos da praça, que bebem a água envenenada. Em tempos de dengue, sugiro que a prefeitura aterre a fonte e transforme o espaço numa área de lazer infantil, a exemplo da praça Marechal Deodoro.
Haroldo Lopes (São Paulo, SP)