Painel do leitor
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Protestos no país
O fato de ter diminuído o número dos manifestantes não significa que a insatisfação dos brasileiros tenha diminuído, pelo contrário, a tendência é só aumentar. Estar nas ruas para manifestar é questão de momento e oportunidade. Nenhum brasileiro honesto, que trabalha e é consciente, está satisfeito com esse governo incompetente, corrupto e mentiroso. As eleições do próximo ano demonstrarão a dimensão dessa insatisfação, que de maneira nenhuma institutos de pesquisa, por melhores que sejam, conseguirão mensurar.
Therezinha Lima e Oliveira, professora e psicopedagoga (São José dos Campos, SP)
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As passeatas mínguam, e o Datafolha atestou que quase 80% dos participantes na Paulista possuem nível superior, apenas 35% são empregados assalariados e 83% votaram em Aécio ("Irritação com corrupção foi motivação para maioria", "Poder", 13/4). Mais elitismo do que isso só a nobreza do império.
Antônio Beethoven Cunha de Melo (São Paulo, SP)
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Petistas chamam impeachment de golpe e as passeatas de desfile de grã-finos. Impeachment é um processo previsto em lei e não ouvi até hoje nenhum petista chamar o impeachment de Fernando Collor de golpe. É incrível a insistência de petistas em querer dividir o país entre "nós" e "eles". Ademais, nunca vi uma passeata do PT e seus afins terminar sem confusão. Sem qualquer autocrítica, também não reconhecem a herança bendita do governo FHC, que durou quanto foi possível.
Rodrigo Ens (Curitiba, PR)
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Na insana tentativa de minimizar o clamor popular, Luiz Fernando Vianna sem querer encontra a explicação para o fenômeno que todos veem: a maior participação nos protestos contra o governo ainda é de pessoas da classe média com nível superior de escolaridade, pela simples razão de que essas têm juízo crítico e conseguem pensar ("Vitória parcial", "Opinião", 13/4). Os pobres e semianalfabetos ainda não perceberam ser massa de manobra.
José Luiz Belderrain (São José dos Campos, SP)
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Parabéns a Luiz Fernando Vianna. Finalmente alguém, com muita propriedade, serenidade e bom senso, analisa, de forma inteligente e real, com um juízo tranquilo, as marchas a que assistimos pelos meios de comunicação, que são legítimas, próprias de uma democracia, mas infelizmente ditadas muito mais pelo ódio do que pela razão.
Wilson Gonçalves de Aquino (São Paulo, SP)
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A Secretaria da Segurança Pública repudia a afirmação da reportagem "Grupos antigoverno exibem menos força na volta às ruas" ("Poder", 13/4) de que a estimativa da Polícia Militar é menos confiável do que a divulgada pelo Datafolha. Cabe explicar que a PM realiza a aferição da quantidade de pessoas utilizando fotografias aéreas do evento, que servem de base aos seus cálculos, feitos por meio de programas de geoprocessamento.
Lucas Tavares, diretor-executivo de comunicação e imprensa da Secretaria da Segurança Pública (São Paulo, SP)
Renato Janine
A Folha publicou no sábado (11/4), na versão on-line, uma matéria dizendo que eu teria usado jato da FAB fora das normas presidenciais (folha.com/no1615437). O MEC já desmentiu a acusação, mostrando que voei a trabalho. Mas a reportagem termina dizendo que o jornal não me conseguiu localizar na manhã daquele dia. Acontece que tenho os mesmos telefones fixo e celular, bem como e-mail, há anos. A Folha os conhece e sempre me localizou neles, inclusive recentemente. Naquele sábado, não houve ligação, nem mesmo perdida, nesses telefones nem e-mail da Folha.
Renato Janine Ribeiro, ministro da Educação (Brasília, DF)
RESPOSTA DO JORNALISTA JOSÉ MARQUES - A reportagem procurou o Ministério da Educação na manhã de sábado, mas não obteve resposta. Mais tarde, o MEC divulgou nota, incluída nos textos das versões digital e impressa.
Greve dos professores
A Secretaria da Educação informa que, na quinta (9), quando a Folha esteve em frente a duas escolas estaduais ("Professores de SP mantêm grave; até pais de alunos têm sido afetados", "Cotidiano", 11/4), 63 professores compareceram ao trabalho e atenderam os alunos presentes. A pasta atua com um quadro de 35 mil professores substitutos, capacitados para a função. A convocação desses profissionais é uma determinação às direções escolares e pode ser cobrada pela comunidade escolar. As informações enviadas anteriormente pela secretaria, assim como a data da visita, foram ignoradas pela reportagem, que usou a situação localizada em duas unidades em um universo de mais de 5.000 escolas para generalizar uma situação a todo o Estado.
RONALDO TENÓRIO, assessor de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
RESPOSTA DA JORNALISTA THAIS BILENKY - A reportagem mostrou como a greve tem afetado a rotina de pais e alunos e deixou claras as duas versões (sindicato e secretaria) sobre a dimensão do movimento.
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Enquanto não houver negociação com o sindicato, o problema será das escolas e dos pais. Não há tantos professores cadastrados, como diz o governador.
Denise Vitoriano (São Paulo, SP)
Oposição
Cansa-me ver Aécio Neves reclamar de tudo o que acontece nesse governo ("100 dias", "Opinião", 11/4). Aécio, eu me indigno como o senhor de tudo o que acontece com esse governo. Mas não aja como um bebê chorão que perdeu as eleições. Estamos indignados também com o Congresso. O senhor, como senador e um dos líderes da oposição, pode fazer muito. Aliás, pergunto: foi o PT que inventou a corrupção?
Alberto Broner Worcman (São Paulo, SP)
Erro no futebol
Manifesto a minha indignação com o gol mal anulado pela arbitragem no jogo decisivo entre Corinthians e Ponte Preta pelas quartas de final do Campeonato Paulista ("Corinthians se beneficia de gol da Ponte mal anulado", "Esporte", 12/4). Por que os erros são sempre contra as equipes consideradas pequenas?
Tadeu Eduardo da Silva (São Paulo, SP)