Painel do Leitor
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Petrolão
Fico pensando se é brincadeira ou verdade. Agora o PT declara que a prisão de Vaccari é "desnecessária" ("PT chama prisão de desnecessária, mas afasta tesoureiro", "Poder", 16/4). Estão subestimando a inteligência do povo. Essa história de "eu não sabia" ou "não fui eu" já era.
Ive Maria Falcone Patullo, dentista (São Paulo, SP)
O PSDB recebeu doações das empresas investigadas na Lava Jato. O juiz Moro vai continuar sendo seletivo?
Ivo da Silva Júnior (São Paulo, SP)
A esta altura, a presidente Dilma Rousseff deve estar reservando um quarto do pânico no Palácio ante a possibilidade, ainda que remota, de o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto decidir trocar um bom tempo de cadeia pela delação premiada.
José Dalai Rocha (Belo Horizonte, MG)
A prisão de Vaccari me lança uma dúvida. Por que só o PT, na maioria das vezes, tem sido o alvo preferido na Operação Lava Jato e nas decisões da Justiça? Parece que existe uma ação deliberada para destruir o partido e livrar a responsabilidade dos demais. Sabemos que, se buscarmos motivos para prender dirigentes de outras siglas, nós encontraremos, pois existem às dezenas.
Vilma Amaro (Ribeirão Pires, SP)
A leniência é tudo o que as empresas e empresários querem ("Governo poderá manter acordos de leniência na Lava Jato", "Poder", 16/4). Não precisam fazer acordo de delação premiada, apenas assumem a culpa, pagam multa, devolvem parte do dinheiro, continuam tocando as obras e todos se salvam, inclusive os diretores de empresas públicas, políticos e o governo. Adeus, Lava Jato. Levou o troco.
Paulo Tarso J. Santos (São Paulo, SP)
Barros Munhoz
Lamentável. Como contribuinte, sinto-me indignado com o Ministério Público Estadual com relação à extinção de ação contra o deputado estadual Barros Munhoz, que ficou parada por mais de três anos nas mãos de um desembargador ("Extinta ação contra tucano acusado de desvios", "Poder", 16/4). Já em 2012, outros crimes haviam prescrito pelo mesmo motivo. O que acontece com a Justiça em São Paulo?
Paulo Roberto Leme (São Paulo, SP)
Terceirização
O leitor Jaime Pereira da Silva refere-se ao "jogo de Lula, que está empobrecendo todo o mundo e tenta colocar uma classe contra outra" (Painel do Leitor, 16/4). A classe "A" está longe de empobrecer. Está preservadíssima e anda se "cuidando" com coisinhas como regulamentação das terceirizações.
Gabriel Paron Neto (Mogi Guaçu, SP)
Eduardo Galeano
Almino Affonso brilha pela oportunidade de suas manifestações e pela qualidade que sempre demonstra ("Gracias, Galeano", Tendências/Debates, 16/4). Galeano merece nossa eterna lembrança. Gracias, Almino.
Renata Pallottini, escritora (São Paulo, SP)
Maioridade penal
Rogério Gentile ("A hipocrisia da maioridade", "Opinião", 16/4), ao defender o critério bio- psicológico para a definição da responsabilidade penal, ignora a realidade da qualidade dos laudos psiquiátricos que emergem na Justiça Penal. Pior do que o arbítrio do critério biológico é deixar o destino do cidadão nas mãos de juiz e médico, ao sabor da sorte, quando não da vingança. A fixação de critérios objetivos em direito penal representa avanço da civilização. Pretender a volta ao subjetivismo é ignorar a própria história.
Tiago Cintra Essado, promotor de Justiça (Ribeirão Preto, SP)
Finalmente alguém para dizer o óbvio. O critério exclusivamente biológico da maioridade penal é ultrapassado. Quando aplicado a autores de atos infracionais graves, causa na sociedade a sensação de impunidade e o desejo de punição, que resulta na adoção de propostas de mera redução da idade para imputabilidade penal, como a que se encontra em via de aprovação pelo Congresso Nacional.
Fábio Ramiro, juiz federal (Salvador, BA)
Já cansou o mantra ladino dos liberais de esquerda, com o apoio de jornais como a Folha, de que o batido "reduzir a maioridade penal não resolve ". Quem diz que é para resolver, como se alguma lei, por mais dura que seja, resolvesse o fenômeno do crime? É para fazer justiça.
Paulo Boccato (Taquaritinga, SP)
Corrupção
No texto "Combate à corrupção e utopia punitiva" (Tendências/Debates, 16/4), os autores fazem uma apaixonada defesa da impunidade dos criminosos, que, mesmo pegos com as cuecas cheias de dólares, jamais poderiam ser presos por um juiz de primeira, segunda ou terceira instancia. Na visão dos autores, só um julgamento de última instância, pelo pleno do STF, pode colocar um bandido na cadeia sem o risco de se cometer uma injustiça. É por isso que o Brasil sempre foi a Disneylândia da impunidade, com o sistema judiciário mais bonzinho do mundo.
Mário Barilá Filho (São Paulo, SP)
Meus cumprimentos aos advogados Alberto Toron e Celso Vilardi pelo brilhante artigo. Enquanto houver juízes que agem como justiceiros, ninguém estará seguro no Brasil. Ainda que a turba aplauda, feliz, porque não entende que, se hoje o alvo dos abusos são desafetos, inimigos ou desconhecidos, amanhã pode ser um conhecido, um amigo, um parente, familiar ou o próprio que hoje aplaude.
Eduardo Pizarro Carnelós, advogado (São Paulo, SP)
CBF
Parabenizo Juca Kfouri pela coluna sobre o lamentável Del Nero, novo presidente da CBF ("Nero na CBF", "Esporte", 16/4). Del Nero representa o atraso, a desorganização, os clubes quebrados, a derrota e a decadência do futebol brasileiro. Ele, Marin, Ricardo Teixeira e outros cartolas são os responsáveis pelo Alemanha 7 x 1 Brasil, na Copa de 2014.
Renato Khair (São Paulo, SP)