Painel do leitor
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Petrolão
É inaceitável a tentativa de impedir as investigações da Polícia Federal na Lava a Jato ("Procuradoria 'tolheu' apuração, diz delegado", "Poder", 18/4). Se o Poder Executivo não praticasse atitudes e atos condenáveis, não haveria razão para essa interferência. Isso é uma confissão de culpa, pois quem não deve não teme.
Mário A. Dente (São Paulo, SP)
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Não concordo com a opinião de Demétrio Magnoli, em seu artigo "A estrela fica" ("Poder", 18/4). Parece-me que ele é contra a metástase, mas a favor do câncer.
Carlos José Benati (São Paulo, SP)
STF
No editorial de sábado (18/4), pondera a Folha que "Vista não é veto" ("Opinião"). Todavia, diante do art. 319 do Código Penal e do declarado pelo ministro Gilmar Mendes em 16/4 ("Para Gilmar Mendes, decisão sobre doações eleitorais cabe ao Congresso", "Poder", 17/4), não estaria configurado o crime de prevaricação, com deixar ele de emitir o seu voto em razão do sentimento pessoal de que o Congresso deve solucionar a matéria, e não o Supremo Tribunal Federal?
José Roberto Antonini (Campinas, SP)
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Sempre quando há a indicação para o cargo de ministro do STF, a mais alta corte de nosso país, instala-se a polêmica de que referida pessoa é apadrinhada deste ou daquele político, via de regra do presidente da República em exercício ("Dilma indica ministro ao STF após 8 meses de espera", "Poder", 15/4). Já não está na hora de mudar essa situação, que as vagas para o STF fossem preenchidas mediante concurso público? Para ocupar qualquer cargo público em todas as esferas, tal exigência é obrigatória.
Jarbas de Souza Junior (Assis, SP)
Dengue
Gostaria de entender por que os paulistas não vão às ruas protestar contra a epidemia de dengue e a falta de água que assolam o Estado ("SP tem mais de 1 morte ao dia por dengue", "Cotidiano", 17/4). Qual será a lógica para que essa turma que pede o impeachment da presidente consiga aceitar tão "em paz" essas aberrações em pleno século 21?
Andrea Chaimowicz (Belo Horizonte, MG)
Greve dos professores
O papel do professor na formação do ser humano é fundamental. Ele precisa ser valorizado, mas essa greve me parece um pouco estranha ("Professores mantêm greve em SP; governo aceita negociar em reunião", "Cotidiano", 18/4). Não vejo a categoria unida por ela. Além disso, vejo anúncios em jornais convocando os professores para a paralisação e faixas espalhadas pela cidade criticando o governo estadual e defendendo a greve. Vejo propagandas pedindo para alunos não irem para a escola. Pergunto: quem paga por essa divulgação? O sindicato pode abrir mão desse dinheiro? Ele não seria melhor aproveitado para investir nos próprios professores?
Carlos Alberto Perez (São Paulo, SP)
Terceirização
Estive na passeata contra o PL 4.330 e fiquei surpresa ao ler, no dia seguinte, que os mais de 10 mil participantes foram reduzidos a meros 2.500 pela PM ("Protestos atingem 48 cidades; em SP montadoras são afetadas", "Mercado", 16/4). Por que o Datafolha não fez sua própria contagem e a notícia não apareceu com destaque na capa? Será que só atos contra a Dilma merecem cobertura exaustiva antes, durante e depois? Questionar a terceirização que afeta 12 milhões de trabalhadores seria assunto de menor interesse para o jornal?
Marcia Camargos** (São Paulo, SP)
Diplomacia
O problema de credibilidade que afeta o Brasil é mais antigo do que se pensa ("Plano do Brasil para Irã era melhor, diz Amorim", "Mundo", 18/4). O Brasil jamais será respeitado enquanto não se posicionar como país dominador na América do Sul. Para isso teremos que aposentar os estilingues e bacamartes e produzir artefatos que causem medo ao resto do mundo. É assim que se consegue respeito perante as potências mundiais.
Marcos Sgaraboto (Brasília, DF)
Uber
Recentemente tentei pegar um táxi na via pública. Passaram por mim, e não pararam ao meu sinal, pelo menos uma dúzia. Em plena av. Higienópolis. Apelei ao aplicativo 99taxis. Em cinco minutos estava dentro de um. Pena que eu não conhecia o Uber. Agora conheço. ("Utilização do aplicativo de transporte Uber deve ser autorizada no Brasil?", Tendências/Debates, 18/4).
Hamilton Roberto Franco Cavalcante (São Paulo, SP)
BNDES
Apenas para que não pairem dúvidas sobre a sistemática de divulgação de informações por parte do BNDES, em relação ao texto "Oposição pede abertura de CPI para investigar BNDES" ("Poder", 17/4), gostaríamos de esclarecer que o presidente Luciano Coutinho não afirmou que as operações do banco com empresas privadas são sigilosas. O BNDES dá publicidade a todas as suas operações, que podem ser consultadas por meio do site do banco. São preservadas apenas informações referentes à intimidade financeira das empresas, como saldo devedor e rating, além de aspectos que possam ter impacto sobre sua competitividade em relação à concorrência.
Paulo Braga, chefe da assessoria de imprensa do BNDES (Rio de Janeiro, RJ)